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Na Prática recomenda: livro ‘Faça Acontecer’, de Sheryl Sandberg

Livro Faça Acontecer de Sheryl Sandberg

Faça Acontecer é um livro sobre os desafios que as mulheres enfrentam para progredir em suas carreiras e a experiência pessoal de sua autora nessa trajetória. Foi escrito por Sheryl Sandberg, atual COO do Facebook, ex-vice-presidente de operações do Google e uma das dez mulheres mais poderosas do mundo segundo ranking da revista Forbes.

É também o livro escolhido para inaugurar uma nova série de textos do Na Prática, em que as pessoas por trás dos programas e projetos da Fundação Estudar compartilharão com vocês as leituras que foram marcantes em suas carreiras. Sim, estamos começando o nosso clube do livro!

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Quem recomenda o Faça Acontecer é Anamaíra Spaggiari, coordenadora da unidade de carreiras, envolvida nos programas de formação de lideranças da Estudar: o Laboratório e o LABx. “O livro ajuda a entender certas especificidades na carreira da mulher e as dificuldades que ela assume no crescimento dentro das empresas”, justifica.

Desde que a edição original, Lean In, foi lançada em 2013, o livro vendeu mais de 2,25 milhões de cópias no mundo todo e desencadeou um movimento que já conta com cerca de 21 mil grupos de discussão sobre liderança feminina em 97 países.

Para Anamaíra, o livro faz-se útil em qualquer idade, mas tem impacto especial quando é lido no início da vida profissional – tanto por homens quanto por mulheres.

“Na minha faculdade, tinha um grupo feminista muito organizado, mas com o qual eu não tinha muita identificação. Eu não entendia como esse tipo de questão se apresentava no meu dia a dia”, conta Anamaíra, que estudou Comunicação Social na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-MG).

“Foi quando eu comecei a minha carreira que eu percebi como certos obstáculos para as mulheres são reais. E é aí que você consegue fazer muitas associações com o conteúdo do livro”, completa.

Em 2011, quando foi eleita presidente da AIESEC de Juiz de Fora, uma das primeiras tarefas de Anamaíra era escolher o time que estaria com ela na organização. Preencheu as seis vagas disponíveis com mulheres. “Eu estava consciente dessa decisão, de que elas eram as melhores, mas fui muito criticada por isso, algumas pessoas achavam absurdo a equipe ser toda de mulheres e julgavam que alcançaríamos menos resultados por isso”, conta.

Fatores internos Dos onze capítulos do livro, apenas três tratam de alguma forma do equilíbrio entre trabalho e família e da questão da maternidade – assuntos que costumam ser centrais em outras obras sobre o tema.

O foco principal está em como as mulheres podem tomar as rédeas de suas próprias carreiras e crescer profissionalmente, em um momento que o preconceito de gênero continua sendo uma realidade no mundo todo.

A novidade que Sheryl traz talvez seja também seu posicionamento mais controverso: ela foca nos obstáculos internos que limitam a ascensão das mulheres no mercado de trabalho. Para ela, um importante fator que impede o avanço feminino está relacionado à própria autoconfiança das mulheres.

“Uma das coisas que me empolgaram no livro foi mostrar como a própria mulher acaba, sem querer, autossabotando sua carreira, ao se enxergar como mais frágil ou se colocar para trás”, conta Anamaíra. “Isso não quer dizer que não existam fatores externos. Claro que existem barreiras que as mulheres ainda enfrentam no local de trabalho, sutis ou nem tanto, mas o livro também pondera bem esses pontos”, completa.

Relatos pessoais Em Faça Acontecer, Sheryl não tem medo de admitir suas próprias fraquezas, falhas e dúvidas. O texto está recheado de relatos de experiências pelas quais ela própria passou, inclusive no Facebook.

Ela escreve sobre como se sentia mal durante a infância quando as pessoas a chamavam de “mandona”, as dúvidas sobre seu potencial durante a universidade (mesmo estando entre os melhores alunos de sua turma em Harvard) e como quase aceitou trabalhar para o Facebook por uma remuneração bem menor, por se sentir insegura em fazer uma contraproposta salarial ao CEO da empresa, Mark Zuckerberg.

Ao mesmo tempo, traz diversas pesquisas e estatísticas que dão suporte a suas constatações. Cita, por exemplo, um estudo da consultoria McKinsey & Co. mostrando que, enquanto os homens são promovidos com base no potencial que demonstram, as mulheres precisam apresentar realizações para subir de cargo.

A mensagem para as mulheres é clara desde o começo do livro: negocie por você mesma. Todas as pessoas precisam aceitar mulheres em posições de liderança, inclusive as próprias mulheres.

“A Sheryl coloca a mulher como protagonista da sua carreira. Ao trazer essa perspectiva da autossabotagem, ela permite que a leitora veja o que pode fazer de diferente e melhor. Independentemente do preconceito que ainda possa existir no ambiente, a mudança deve começar por nós mesmas”, conclui Anamaíra.

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