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Na Prática explica: modelagem financeira, habilidade essencial para carreira em negócios

Mulher usa calculadora e anota números

“A capacidade de criar e entender modelos é uma das habilidades mais valorizadas no mundo dos negócios e das finanças hoje. É um conhecimento que será útil em qualquer trabalho em que é necessário compreender melhor o desempenho de uma empresa ou de outro investimento”, explica Susan Hawkins.

Ela dá aulas para qualificações profissionais internacionais em finanças, contabilidade, valuation e inglês financeiro na SHP Training, empresa da qual é managing partner. “Saber modelagem financeira pode garantir uma vantagem competitiva em muitas áreas”, ela completa.

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O que é modelagem financeira?

“Quando falamos em modelagem financeira, normalmente estamos falando sobre modelos de projeções financeiras, que nos ajudam a prever desempenho futuro com base em um determinado conjunto de premissas”, explica Susan.

Um modelo de projeções financeiras, ou financial projection model, é um cálculo complexo que busca dar uma visão de como será a situação de um investimento daqui há alguns ou vários anos. Nesse caso, investimento é algo bastante amplo: pode se tratar de uma empresa, uma carteira de negócios, uma ação, etc.

Assim, modelagem financeira envolve a construção e organização de dados numéricos e equações para representar uma versão simplificada de qual será desempenho desse investimento no futuro. Essa informação é muito útil para tomar grandes decisões. Por exemplo: se um fundo percebe que uma empresa terá um bom desempenho no futuro, provavelmente consideraria investir nela ou até mesmo comprá-la.

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De acordo com Susan, ter um bom domínio de modelagem financeira é especialmente útil para profissionais das seguintes áreas:

Equity research

Para os analistas de sell-side e buy-side poderem fazer projeções do desempenho das empresas que pesquisam.

Investment banking de fusões e aquisições (M&A), equity e debt

Para ajudar, por exemplo, precificar a emissão de debt ou equity.

Portfolio management em bancos e fundos

Para entender o impacto de mudanças na economia ou numa indústria no desempenho do portfolio, e tomar decisões de investimento baseadas nisso.

Private equity

Para ajudar escolher investimentos e estruturar o financiamento ideal para a compra da empresa.

Consultoria

Para auxiliar a entender e propor estratégias para as empresas clientes.

Contabilidade

Para tomar decisões relacionadas a financiamento e investimento.

Private banking

Para escolher investimentos melhores para os clientes.

Avaliação profissional

Para avaliar ativos intangíveis de uma empresa (marca, relacionamento com cliente, tecnologia, entre outros).

Criar um modelo financeiro para uma empresa envolve uma compreensão bastante específica sobre como o negócio funciona: como ele cria produtos, como esses produtos são vendidos, como esses processos criam receitas e custos, e como isso é impactado pela economia e pelo setor em que atua.

Para conseguir estimar o lucro que uma empresa provavelmente terá no futuro, o modelo precisa partir não só de dados concretos já disponíveis, mas também de certas premissas – são os chamados inputs, ou seja, as informações que vão servir de material para modelagem financeira.

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Entradas

Um modelo normalmente vai incluir entre seus inputs diversas características e números relacionados à empresa, suposições e dados sobre economia (inflação, taxa de juros, crescimento econômico), taxa de crescimento da indústria, margens de lucros, planos de expansão da empresa e despesas de capital envolvidas nisso, entre outros fatores.

Esses inputs do modelo também podem ser alterados, como forma de prever o impacto de certas mudanças sobre o negócio como um todo, ou de calcular o desempenho da empresa em diversos cenários possíveis.

Habilidades

Para desempenhar essa tarefa, Susan defende que é preciso ter uma boa compreensão de finanças e contabilidade. “A fim de determinar o desempenho futuro da empresa, você vai precisar relacionar informações como projeções de resultados, balanço patrimonial e demonstrações de fluxo de caixa”, ela explica.

“Na construção de um modelo, o objetivo é criar um produto final que, para quem vai ler, seja preciso, rápido, robusto, fácil de compreender e fácil de usar”, acrescenta. Em outras palavras, um bom modelo financeiro faz o seu trabalho da maneira mais limpa e direta possível. Para ela, o bom e velho Excel ainda é a melhor opção em termos de flexibilidade, custo e aceitação do usuário. “Ter domínio desta ferramenta vai te garantir vantagens ao longo de toda a sua carreira”, ela assegura.

Esta reportagem faz parte da seção Explore, que reúne uma série de conteúdos exclusivos sobre carreira em negócios. Nela, explicamos como funciona, como é na prática e como entrar em diversas indústrias e funções. Nosso objetivo é te dar algumas coordenadas para você ter uma ideia mais real do que vai encontrar no dia a dia de trabalho em diferentes setores e áreas de atuação.

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