A inteligência artificial Claude, desenvolvida pela Anthropic, vem ganhando espaço no universo das IAs generativas por sua performance em tarefas criativas e analíticas. Mas, assim como acontece com outras ferramentas do tipo, o verdadeiro diferencial está em como você conversa com ela — e isso começa por saber escrever bons prompts.
Se você já se frustrou com respostas vagas, incompletas ou pouco úteis, saiba que a culpa pode não ser da IA, mas da forma como você conduz a interação. A boa notícia é que, com ajustes simples e estratégicos no seu prompt, é possível transformar Claude em uma assistente muito mais eficaz.
Confira abaixo os principais truques revelados por especialistas e vazamentos recentes sobre o funcionamento do Claude 4 — e descubra como aplicá-los agora mesmo.
1. Defina o papel da IA: diga quem ela deve ser
Um dos segredos mais poderosos para turbinar seus prompts é designar um papel claro e um tom para a IA. Isso significa informar diretamente (e em detalhes) qual é a função que ela deve assumir durante a tarefa. Por exemplo:
“Você é um recrutador publicitário com anos de experiência em seleção de talentos. Me ajude a escrever uma mensagem respeitosa, breve e com tom positivo para pedir feedback após não ser aprovado em uma entrevista.”
Ao indicar quem a IA deve ser, você ativa um dos recursos mais eficazes da engenharia de prompt: o enquadramento de persona e tom, técnica muito usada por profissionais que desejam obter respostas mais refinadas e adequadas ao contexto emocional da comunicação.
Claude, em especial, responde muito bem a esse tipo de orientação. Seja específico: em vez de dizer “escreva um texto”, diga “como jornalista de tecnologia, escreva um artigo sobre tendências em IA para 2025”.
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2. Dê espaço para reflexão antes da resposta
Outra técnica eficaz é incentivar a IA a refletir antes de responder, algo que Claude faz com maestria. Essa abordagem se baseia em um conceito chamado chain-of-thought (cadeia de pensamento), que simula o raciocínio humano em etapas.
Você pode ativar isso com comandos como:
“Antes de responder, pense passo a passo e só depois apresente a solução final.”
Isso faz com que a IA organize melhor a lógica por trás da resposta, levando a resultados mais consistentes, analíticos e úteis — especialmente em questões complexas, como planejamento estratégico, resolução de problemas ou tomada de decisão.
3. Peça múltiplas respostas (e depois refine)
Outro recurso interessante é pedir mais de uma resposta para a mesma pergunta. Assim, você amplia o repertório e pode escolher a abordagem que mais se adequa ao seu objetivo.
Um exemplo prático:
“Me dê três ideias diferentes de nomes para uma startup de educação online.”
Depois, é possível pedir para a IA aprimorar ou combinar os elementos das ideias que mais chamaram sua atenção.
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4. Defina com clareza o que você não quer
Tão importante quanto dizer o que a IA deve fazer, é deixar claro o que não deve estar na resposta. A ferramenta e tende a seguir bem comandos negativos, como:
“Crie um post para redes sociais sobre finanças pessoais, mas não use emojis nem linguagem informal.”
Essa clareza evita retrabalho e garante entregas mais alinhadas desde a primeira tentativa. Usar verbos como “evite” ou “não exagere” costuma dar errado, nesses casos.
Continue sempre estudando
Quando o assunto é algoritmo e IA, você já sabe: vai precisar continuar estudando e entendendo os updates dos sistemas, que pouco a pouco aumentam a performance desses assistentes, mas também mudam a forma como nos relacionamos com eles (e extraímos o que queremos com prompts).
Se você se interessa pelo assunto e quer evoluir, o segredo é: desbrave a biblioteca da Anthropic, e entenda como a IA Claude funciona. Você pode usar os conteúdos para alimentar um assistente de outra IA (como o Chat GPT), que vai então transformar seus comandos intuitivos em prompts certeiros para o Claude.