O dia 4 de maio é conhecido mundialmente como o Dia de Star Wars. Não porque seja uma data relacionada a algum acontecimento de dentro da saga, ou o aniversário de um dos filmes. Na realidade, vem de um trocadilho. “Quatro de maio” em inglês, é “may the fourth”, similar, principalmente foneticamente, a uma das frase mais icônicas de Star Wars: “May the force be with you” (em português, “Que a força esteja com você”).
Do Império Galático à Ordem Jedi, durante os filmes os espectadores são apresentados a muitos personagens com tipos de estratégia e comando diferentes. Para celebrar a data, o Na Prática analisou quatro figuras marcantes da saga.
Confira o que é possível aprender sobre liderar – e alcançar objetivos – com Yoda, Leia Organa, Darth Vader e Luke Skywalker.
Lições de liderança de Star Wars
#1 De Yoda
Yoda é um exemplo de liderança equilibrada, fundamentada no discurso, sabedoria e flexibilidade. Mesmo sendo um dos mais sábios e poderosos Jedi – inclusive, líder do Conselho Jedi – ele procurava ouvir e considerar a opinião dos outros nos momentos de tomada de decisão.
Como treinador de Jedi, permitia que seus estudantes fizessem escolhas próprias e não condenava o fracasso. Em vez disso, procurava guiar pela sabedoria, mas deixando que os outros procurassem por si mesmos as respostas. Seus ensinamentos são ricos e recitados com frequência no mundo real.
“Treine a si mesmo a deixar partir tudo que teme perder.”
Ao mesmo tempo que calmo e observador, Yoda adaptava-se às circunstâncias. Sem abandonar seus valores e objetivos, sabia quando deveria pegar seu sabre de luz e batalhar.
“Faça ou não faça. Tentativa não há.”
Grandes líderes se concentram em fortalecer os outros – como ele fez com os heróis Luke Skywalker e Obi-Wan Kenobi, por exemplo. No entanto, quando necessário, não têm medo de participar do combate “corpo a corpo”.
#2 De Leia Organa
Leia Organa é uma líder com coragem, carisma e empatia. Sua personalidade combina características diplomáticas com uma força guerreira, e ela as mostra com astúcia.
É uma líder que encoraja e oferece esperança. Assim como Yoda, também ouve seus subordinados, mas ajusta seu comportamento: em certas circunstâncias, percebe que precisa ser mais diretiva e autoritária.
No entanto, isso não quer dizer que seja má ou egoísta. Nascida em um regime tirânico, seu jeito de liderar – e suas principais características – são resposta ao sofrimento que viveu no passado. Também sua coragem; ela não hesita em tomar a linha de frente em favor da causa mais justa.
Sua bravura e perspicácia a colocaram em posições decisivas, como salvadora de Luke e de Han Solo, por exemplo, até ao comando da Aliança Rebelde.
#3 De Darth Vader
Darth Vader liderava pelo medo. Ao contrário dos anteriores, o fracasso e as contestações não eram tolerados por ele.
Ele não só aterrorizava seus inimigos, mas também seus subordinados, com uma cultura de terror e intimidação. Ultra-autoritário, punia o menor erro, eliminando o “culpado” – que, muitas vezes, só havia seguido suas ordens.
Além disso, só tinha foco em resultados e não se importava com a forma com que fossem alcançados. E a gestão pelo medo, realmente, dá resultados – a curto prazo. A longo prazo, é a garantia de fracasso.
Não só porque quando os subordinados têm medo de punição são menos sinceros (por exemplo, evitam relatar problemas). O medo também prejudica a motivação e a confiança, que um bom líder sabe serem indispensáveis para se atingir o sucesso.
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#4 De Luke Skywalker
Luke Skywalker é um líder determinado que se cerca de mentores que o ajudam na busca por atingir seus objetivos. Menos focado em comandar do que os anteriores, e mais direcionado em sua causa, que, aliás, é a força motora que impulsiona o desenvolvimento de suas qualidades.
Ao longo dos filmes, vemos Luke se tornar mais forte e habilidoso e isso se deve a sua obstinação e fé. Antes de tudo, ele acreditava que evoluiria e, por isso, se esforçava.
Os mentores têm um papel fundamental em sua história. Obi-Wan Kenobi e Yoda, por exemplo, o orientam sobre seu poder e a importância de ter uma mente calma e paz interior. Na vida real, buscar aprender com os outros (principalmente com os mais experientes) também pode ajudar o crescimento interno de um líder.
Além dos mentores, Luke conta com um bom grupo de suporte. Seus amigos o salvam e o ajudam a passar pelos momentos difíceis.
Sua capacidade de reunir pessoas fortes e talentosas e crescer com elas é uma das características do que o psicólogo especialista em inteligência emocional Daniel Goleman chama de “liderança afiliativa”.