• Home
  • >
  • Empreendedorismo
  • >
  • Por que a Ambev não vende mais só cerveja? E o que isso diz sobre o mercado de trabalho?

Por que a Ambev não vende mais só cerveja? E o que isso diz sobre o mercado de trabalho?

Desde 1999, os consumidores brasileiros conhecem e reconhecem a Ambev como uma cervejaria que está presente no cotidiano de milhões de pessoas. A empresa é considerada, inclusive, a maior do setor na América Latina.

Nos últimos anos, no entanto, o modelo de negócios da companhia tem se transformado e uma série de novas marcas têm surgido. São bebidas para pessoas mais velhas, opções para jovens em baladas, experiências para quem não gosta de álcool e uma infinidade de outros rótulos.

Na visão dos profissionais de inovação da empresa, isso acontece porque a Ambev busca se tornar uma organização focada no consumidor. Ou seja: os produtos que ela cria precisam estar alinhados com as motivações e com as necessidades das pessoas, como explica Gabriela Gallo, líder de marketing de produtos Beyond Beer (Além da Cerveja).

“O processo [de criação] começa com a gente mapeando todas as motivações que fazem o consumidor comprar o nosso produto ou o do concorrente. E aí, entendendo essas motivações e o perfil dos consumidores, conseguimos criar um portfólio mais complementar e amplo que abraça diferentes perfis.”

O que Gabriela e outros profissionais assumem, no fim, é que o foco na criação vira a chave das contratações na Ambev e em outras empresas. Profissionais de inovação, nesse novo universo, são fundamentais e precisam atender a uma série de demandas técnicas.

Como é o setor de inovação na Ambev?

A Ambev possui um setor dedicado exclusivamente para a inovação, que tem como função desenvolver novos rótulos de bebidas em processos que podem durar meses de estudos e implementação.

Para Felipe Cerchiari, Head de Inovações, a criação de novas marcas possui estratégia e estrutura voltadas para entender as pessoas. “Nossa missão é entender para onde o consumidor está indo, para que a gente possa construir o portfólio do futuro.”

Com esse foco, a organização desenvolveu um setor de inovações que engloba três passos: ciência, disciplina e arte. 

Ciência

Entender bem tendências, trajetos e velocidade de mudanças nos consumidores

Disciplina

Fazer das pesquisas e dos projetos um processo de experimentação que pode apontar ajustes e melhorias.

Arte

Momento de ideação, protótipos, desenho dos argumentos e da criação dos produtos

O que é preciso para se destacar como profissional de inovação?

Felipe acredita que para trabalhar com inovação é preciso estar conectado com as pessoas, para compreendê-las e atender às suas demandas.

Nesse sentido, ele orienta que os interessados nessa área entendam a diversidade dos consumidores em todos os aspectos. Uma formação cultural, humana e empática coloca os profissionais à frente e eles se tornam destaques.

Isso ajuda, na visão do gestor, porque pessoas com essas características têm “ouvidos abertos” e reconhecem mais facilmente as necessidades e as dificuldades das pessoas.

Já para Gabriela, outra característica importante desses profissionais é a orientação com base em dados. Para ela, as estratégias criativas precisam andar lado a lado com uma sólida definição de métricas que ajudem a analisar resultados.

“A gente mede o sucesso percebendo se novos consumidores estão entrando e consumindo produtos”, aponta ela. “Assim, é possível medir se a linha Beats, por exemplo, deu certo.”

Leia o primeiro texto da série sobre marketing da Ambev

Os melhores conteúdos para impulsionar seu desenvolvimento pessoal e na carreira.

Junte-se a mais de 1 milhão de jovens!

O que você achou desse post? Deixe um comentário ou marque seu amigo:

MAIS DO AUTOR

Os melhores conteúdos para impulsionar seu desenvolvimento pessoal e na carreira.

Junte-se a mais de 1 milhão de jovens!