O autoconhecimento vem com o tempo. Pode-se dizer até que é uma jornada que nunca acaba: enquanto você estiver vivo, haverá o que descobrir e processar sobre si mesmo. Por mais assustador que isso possa parecer, a verdade é que o processo vale a pena. Além de todos os benefícios para a vida como um todo, ele é especialmente vantajoso para a carreira.
“A dica fundamental para se destacar no mercado é o autoconhecimento“, diz Sofia Esteves, fundadora e presidente do conselho do Grupo Cia de Talentos. “[É importante] buscar quais são seus talentos naturais, os pontos que você precisa ou quer desenvolver para a carreira que está buscando, saber quais são seus pontos fracos, que você precisa conhecer para saber como lidar”, explica.
Não é por acaso que no trabalho de autodescoberta, muitos acabam por entender seu propósito. É o caso da própria Sofia, além do Bernardinho, ex-jogador e treinador de vôlei e empresário, e de Gabryella Corrêa, fundadora da Lady Driver, primeiro aplicativo de transporte de motoristas mulheres.
Palestrantes do Lidera Estudar, evento da Fundação Estudar focado em fomentar o debate sobre liderança e transformação, os três conversaram exclusivamente com o Na Prática. Para os três, a pergunta foi a mesma:
“O que levou tempo para que descobrisse sobre si mesmo?”
A importância do autoconhecimento para 3 líderes
Sofia Esteves
“Mais velha, descobri sobre mim mesma que a minha palavra, as minhas atitudes, o que eu penso, mobilizam e são exemplos para muitas pessoas. Hoje não tem uma coisa que eu não pense que eu não compartilhe, seja via redes sociais, participando de eventos, eu acho muito importante quando descubro que aquilo que eu posso pensar pode impactar a carreira de alguém, então tenho tentado compartilhar muito mais isso do que eu fazia no passado.”
Bernardinho
“Eu precisava entender qual era a minha missão nessa história. Uma coisa que estou descobrindo é que não é ganhar e perder, no sentido de ‘você vai ganhar campeonatos’, ‘ganhar títulos’, e com isso inspirar e dar felicidade às pessoas. Não, a minha missão hoje é muito mais influenciar as pessoas. [De forma] que eu possa compartilhar ideias, valores, experiências e, com isso, agregue valor, que eu faça com que aquela pessoa, de alguma forma – através de um questionamento, de alguma informação – possa se tornar um pouco melhor, seja pessoalmente, seja profissionalmente, e estou abraçando essa missão. Eu acho que estou descobrindo que talvez essa seja uma capacidade que eu desenvolvi ao longo do tempo e realmente quero poder me dedicar a ela pelo resto da minha vida.”