A Geração Z, composta por jovens nascidos entre o final dos anos 1990 e meados dos anos 2010, enfrenta um desafio particular: apesar de serem nativos digitais, vivendo em um mundo hiperconectado, eles relatam níveis de bem-estar inferiores aos de outras faixas etárias.
Um estudo recente conduzido pelo psicólogo Jamil Zaki, da Universidade de Stanford, e publicado no World Happiness Report de 2025, aponta que a felicidade dos jovens adultos caiu drasticamente, rompendo o padrão histórico em que a juventude era sinônimo de contentamento.
De acordo com Zaki, dois fatores principais contribuem para essa tendência: aumento da desigualdade econômica e o ambiente midiático. O primeiro insere os jovens em uma situação de precariedade financeira e incerteza sobre o futuro e o segundo é responsável por transmitir incessantemente informações negativas que afetam a auto estima, seja na televisão ou nas redes sociais.Mas como resolver o problema da falta de conexão social da geração Z?
O custo da falta de conexão social na geração Z
A conexão social é um dos pilares mais eficazes para o bem-estar humano. Passar tempo com amigos, ajudar desconhecidos ou compartilhar desafios pessoais reduz o estresse, eleva a felicidade e até alivia sintomas de depressão. No entanto, Zaki observa que os jovens estão optando por passar mais tempo sozinhos do que as gerações anteriores. Atividades que antes exigiam interação – como sair para comer, praticar exercícios ou até rezar – agora podem ser feitas em casa, com um clique. “Ir para o mundo tornou-se como ir à academia: sabemos que nos sentiremos melhor depois, mas exige esforço para começar”, explica o pesquisador.
Esse isolamento é agravado por uma espécie de cinismo social. A Geração Z tende a subestimar a gentileza e a abertura dos outros, especialmente em tempos de polarização. Em experimentos conduzidos por Zaki, pessoas de diferentes espectros políticos imaginavam seus “rivais” como duas vezes mais odiosos e quatro vezes mais violentos do que realmente são. Esse medo de rejeição ou confronto faz com que evitem interações, perpetuando um ciclo de solidão e mal-entendidos.
O poder de dar o primeiro passo
A boa notícia é que esse cenário não é irreversível. Zaki destaca que, quando incentivados a superar essa inércia social e “dar um salto de fé”, os jovens da Geração Z descobrem que as pessoas são mais amigáveis e receptivas do que imaginavam. Em um experimento na Stanford, ao mostrar aos estudantes dados reais sobre a gentileza de seus colegas e encorajá-los a se conectar, o resultado foi claro: seis meses depois, esses jovens tinham mais amigos e uma percepção mais positiva do ambiente ao seu redor.
Para a Geração Z, pequenas ações podem fazer diferença. Reconhecer que os outros também desejam se conectar e arriscar uma conversa – seja na universidade, no estágio ou em um evento – pode abrir portas para relações significativas. Em tempos de polarização, isso é ainda mais crucial: diálogos com quem pensa diferente, como os testados por Zaki sobre temas como aborto e mudanças climáticas, revelam pontos em comum e diminuem a hostilidade.
Esse tipo de experiência reforça os laços de amizade, aumentando os níveis de bem-estar e colaborando para conexões que podem gerar oportunidades de trabalho ao longo da trajetória profissional de uma pessoa. Além disso, o convívio com o diferente também é essencial para trabalhos em equipe dentro das empresas.
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Conexões presenciais como trampolim para a carreira
Para jovens que estão começando sua trajetória profissional, a construção de uma rede de contatos é tão importante quanto o domínio técnico. É nesse ponto que iniciativas como o curso Carreira de Excelência Na Prática ganham destaque.
Com uma abordagem híbrida que une teoria e prática, o curso promove encontros presenciais e online voltados para universitários e recém-formados entre 18 e 30 anos que buscam se destacar no mercado de trabalho.
Em um mundo onde a Geração Z enfrenta barreiras para se conectar, programas como esse mostram que o contato presencial, aliado a uma metodologia estruturada, pode ser o diferencial para alavancar tanto o bem-estar quanto a carreira. Dar o primeiro passo pode ser desafiador, mas, como Zaki sugere, as recompensas estão logo ali, esperando para serem descobertas.
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