Aos 39 anos, Joan Nguyen tem quase 20 anos de experiência no mundo dos negócios. Cofundadora e CEO da Bumo, aplicativo criado em 2019 para conectar pais a serviços de cuidado infantil sob demanda, ela agora se prepara para uma nova fase de crescimento. Depois de receber um aporte de US$ 10 milhões em investimentos, a startup pretende ampliar sua presença em novas cidades e, para isso, reforçar sua equipe com novas contratações estratégicas.
Em entrevista à CNBC Make It, Nguyen chamou a atenção ao revelar um dos principais sinais de alerta que observa durante os processos seletivos, e que, para ela, denuncia falta de caráter profissional.
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Sinal de alerta em entrevistas de emprego
“Se alguém fala mal de um chefe ou empregador anterior, isso é um grande sinal vermelho”, afirma Nguyen.
“Na Bumo, procuramos conduzir tudo com dignidade e elegância. Quando um candidato utiliza a entrevista para expor críticas negativas ou compartilhar detalhes desnecessários sobre experiências passadas, o que transparece é justamente a ausência desses valores”, diz a executiva.
Na visão dela, comentários depreciativos a respeito de antigos empregadores são indicativos de falta de respeito e de maturidade profissional, atributos importantes em equipes enxutas como a da Bumo, onde cada integrante influencia diretamente o rumo da empresa.
Nguyen acrescenta que, a não ser em situações em que tais informações sejam solicitadas de forma específica, esse tipo de postura já sinaliza que o candidato provavelmente não se encaixará na cultura da organização.
Aprendizados de uma trajetória precoce
A experiência de Nguyen como fundadora começou cedo. Aos 19 anos, com apenas US$ 3.000, ela criou a MeriEducation, empresa de preparação para testes e consultoria educacional. O negócio cresceu a ponto de alcançar estudantes em diversos países, como EUA, Chile e Japão, mas a empreendedora admite que cometeu erros importantes no início.
O principal, segundo ela, foi a dificuldade em pedir ajuda. Por ser jovem e mulher em um ambiente de negócios competitivo, Nguyen temia que buscar orientação a fizesse parecer menos capaz.
“Eu achava que pedir ajuda me fazia parecer menor”, relembra. “Tentava me apresentar de forma mais velha e séria, até na forma de me vestir. Mas essa insegurança só me afastou de aprendizados que poderiam ter acelerado meu crescimento.”
Com o tempo, ela percebeu que a diferença está em com quem se busca ajuda. “A pessoa certa vai oferecer apoio de maneira construtiva. A errada vai te fazer se sentir incapaz — e, nesse caso, nem vale o esforço”, afirma.
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Cultura de respeito como prioridade
Hoje à frente da Bumo, Nguyen leva essas lições para a construção de sua equipe. Para ela, não basta ter competência técnica: respeito, humildade e elegância são valores indispensáveis para quem deseja crescer junto com a empresa.
O recente investimento milionário deve permitir à startup ampliar sua presença em novas cidades e contratar mais funcionários. Mas, como faz questão de reforçar, cada novo integrante será avaliado não apenas por sua experiência, mas também por sua capacidade de demonstrar dignidade em suas relações profissionais.
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