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Educação e tecnologia: combinação que atrai investimentos

Aula do Coursera, plataforma de educação online
Coursera

Os negócios na área de tecnologia voltada para educação andam bastante aquecidos. Trata-se de um setor repleto de empresas recém-nascidas e com ideias inovadoras, mas que ainda não conseguiram se mostrar eficazes – ou rentáveis.

Isso não parece desanimar os investidores, que continuam injetando dinheiro em empreendimentos que vão desde aplicativos de gestão de sala de aula até cursos de idiomas estrangeiros para adultos.

Segundo o The New York Times, o financiamento na forma de equity (investimento em empresas que ainda não são listadas em bolsa de valores, para alavancar seu desenvolvimento) para empresas de tecnologia do setor do ensino aumentou para quase 1,87 bilhão de dólares em 2014 – uma alta de 55% em relação ao ano anterior.

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Entre as empresas que mais se beneficiaram desse cenário estão a Pluralsight, que proporciona treinamento online para profissionais de tecnologia e captou 135 milhões de dólares; a Remind, um serviço gratuito de mensagens para professores se comunicarem com alunos e pais e que captou 40 milhões; e o Edmodo, uma rede social para uso em sala de aula, que recebeu 30 milhões em investimento.

“Educação é uma das últimas indústrias a serem afetadas pela tecnologia da internet, e estamos testemunhando um esforço para alcançar outros setores”, disse Betsy Corcoran, CEO da EdSurge, um serviço de notícias especializado. “Estamos vendo nomes mais clássicos do capital de investimento começarem a prestar atenção nesse mercado” , ela conclui. Pense, por exemplo, em Kleiner Perkins, Andreeseen Horowitz e Sequoia Capital.

Os valores, no entanto, ainda são modestos quando comparados ao dinheiro investido em outras áreas tecnológicas, como software para o consumidor. Somente o aplicativo Uber, para a contratação de motoristas, captou 2,7 bilhões de dólares no ano passado – quantia maior do que a aplicada no setor da tecnologia de ensino como um todo.

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Barreiras As somas menores injetadas nessa indústria ilustram os desafios que essas startups enfrentam ao tentar convencer o sistema público norteamericano a adotar seus produtos inovadores. Frequentemente essas empresas precisam lidar com secretarias locais de ensino com orçamento limitado e processo de compras e contratações lento. Para vencer a burocracia, muitas startups estão oferecendo aplicativos e sites gratuitos diretamente para os professores, na esperança de que as escolas acabem comprando a versão completa do serviço.

“Ainda existem muitas questões sobre o modelo de negócio de algumas empresas”, diz Matthew Wong, analista de pesquisas da CB Insights, empresa responsável pelo relatório que apontou o crescimento dos investimentos nesse setor. “Se o produto é gratuito, uma das perguntas é: como lucrar com esses usuários?”, completa.

Uma das possibilidades de ganhar escala e, ao mesmo tempo, obter lucros, é o modelo freemium (mistura de gratuito e pago, em inglês), já empregado com sucesso em aplicativos como o Spotify, de streaming de músicas.

No campo em questão, o Coursera é um exemplo bem-sucedido de monetização por meio do modelo freemium. A plataforma fornece cursos online gratuitos, mas gera receita ao cobrar pela emissão de certificados oficiais para aqueles que completam o curso e desejam ter o documento. No Brasil, foi lançado em parceria com a Fundação Lemann.

Você pode continuar lendo sobre o assunto em artigo d’O Estado de São Paulo.

Leia também: Veja entrevista com Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann

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