Toda conquista significativa tem uma história por trás, e nossas histórias de sucesso pessoal são um ativo importante para progredir na carreira. O problema é que frequentemente não somos muito bons na hora de contá-las – e é essa habilidade que pode nos destacar dos outros.
Para exercitar esses músculos e melhorar seu personal branding, confira quatro dicas de storytelling e aplique-as em seu próximo processo seletivo!
Dica 1: entenda que você é mais que um currículo
Recrutadores e gestores de recursos humanos conhecem muitas pessoas todos os dias e frequentemente os candidatos que entrevistam têm habilidades muito similares. É isso que torna os fatores diferenciais tão importantes.
Além disso, essas mesmas equipes de recrutamento muitas vezes não têm o mesmo conhecimento tecnológico que os candidatos que estão entrevistando, e buscam com ainda mais afinco algo que soe bem.
Por fim, uma entrevista não se resume às habilidades que você tem no currículo. O candidato certo tem mais que isso – e ele provavelmente se preparou bastante para demonstrar.
Dica 2: desenvolva seu storytelling
Não são suas habilidades que ganham a vaga, mas o que você fez com elas e por que as desenvolveu. E para contar isso da melhor maneira, é bom se apoiar nas boas práticas do storytelling.
Pense como um recrutador ou entrevistador por um momento: eles estão buscando o próximo grande profissional de suas organizações. Isso é um trabalho difícil, mas você pode torná-lo mais fácil.
Mostre quem você é e como isso se aplica à vaga em questão. Para isso, é preciso refletir antes sobre sua trajetória e definir pontos interessantes para praticar em voz alta.
Abaixo são bons pontos de partida para sua reflexão:
- Quais são suas maiores conquistas?
- Como elas evidenciam suas fortalezas?
- Como você soluciona problemas e supera obstáculos?
- Como você conquista resultados e quais foram suas consequências?
- O que te motiva e deixa entusiasmado?
- Como você raciocina e como responde a desafios?
Quando já tiver um punhado de histórias “vencedoras” selecionadas, é hora de trabalhar em uma boa narrativa. E como falar sobre tudo isso da melhor maneira? Um modelo muito útil para basear seu discurso é o STAR (Situação, Tarefa, Ação e Resultado).
Na ordem, pense no contexto em que estava (situação), o que você precisava fazer (suas tarefas), o que você fez para realizá-las (ação) e o que aconteceu depois (resultados).
Em seguida, pratique, pratique, pratique. Uma entrevista de emprego tem tempo para começar – e para acabar. Aproveite o que você tem ao máximo.
Dica 3: reflita sobre seu personal branding
Se você está familiarizado com o termo personal branding, ou marca pessoal, sabe como essas coisas estão relacionadas. A ideia é essencialmente simples: comece a pensar em si mesmo como uma marca e então se pergunte com o que você quer que as pessoas te associem.
Para este exercício, você pode considerar as diferenças no imaginário coletivo entre a Apple e a Microsoft, por exemplo, ou quaisquer outras organizações e marcas que te interessam. Assim fica fácil entender o tema.
Em seguida, reflita: como você pode estabelecer sua marca pessoal? É um processo complicado que envolve muitas influências e fatores inteconectados, mas o storytelling é parte fundamental dessa receita. Claro, você não é uma marca. E não está vendendo um produto, mas tentando ser contratado. O papel do storytelling, no entanto, é o mesmo.
Quando recrutadores discutirem sua candidatura entre eles, já falaram sobre as habilidades que você tem, os projetos que concluiu, suas posições anteriores, etc. Agora estarão falando sobre temas intangíveis, avaliando tudo de sua paixão à sua ética de trabalho, seus valores e objetivos. Vão estar revisando sua trajetória até lá e determinando se aquela empresa é o próximo passo.
É preciso aprender a comunicar o que você quer que eles saibam sobre sua paixão, individualidade, clareza e distinção – tão bem que eles possam transmitir esse entusiasmo.
E não só quando você está no recinto, mas também por escrito. Afinal, bons recrutadores vão pesquisar sobre você e encontrar tudo que puderem. Por isso é tão importante deixar seu LinkedIn e seu GitHub em boa forma.
Dica 4: conecte-se com recrutadores e entrevistadores
O nome pode variar: paixão, ambição, motivação… Não se trata das habilidades que você tem, mas como e por que você as aprendeu em primeiro lugar. E não se trata do que você construiu, mas como e por que construiu. Em resumo: qual é a história por trás do sucesso?
Tudo isso leva ao fator mais importante de todos: você. Tudo se resume à sua individualidade. O que torna você quem você é? E por que isso importa? Responder essa questão é o cerne de sua história pessoal e uma das coisas mais importantes para conquistar um recrutador ou entrevistador e conseguir seu trabalho dos sonhos.
Este artigo foi originalmente publicado no blog da Udacity (em inglês). A versão traduzida foi produzida pela Udacity Brasil.