Independente de área, formação e mesmo função desempenhada, em algum momento você sentiu a necessidade de inovar. Afinal, essa é a habilidade de conceber ideias que são ao mesmo tempo acionáveis e eficazes. Sendo também um dos “ingredientes secretos” usados por aqueles que desejam criar uma empresa, produto ou projeto de sucesso.
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Apple, Airbnb, Uber, Nubank, entre tantas outras startups, são frutos de ideias inovadoras. Apesar disso, mesmo elas precisam continuamente trabalhar para manter essa inovação – que nem sempre é algo espontâneo. Além disso, a inovação não pode ocorrer uma única vez; ela precisa fazer parte do DNA da empresa.
Bom, aqui é chegado o momento que causar desânimo: às vezes pode ser difícil ser inovador e criativo. Mas tudo bem, nem tudo está perdido. É aqui que entra o design thinking.
O que é design thinking?
Baseado em métodos e processos usados por designers – daqui vem a origem –, o design thinking é uma abordagem extremamente centrada no usuário. Sob essa ideia, ao se pensar em criar uma solução para uma necessidade, a primeira pergunta deve ser: qual é a necessidade humana por trás disso?
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A ideia por trás desse processo é que para se chegar a soluções inovadoras, é preciso adotar a mentalidade de um designer. Assim, é a partir da perspectiva do usuário que é abordado o problema. Ao mesmo tempo, o design thinking tem relação com a prática; o objetivo é transformar suas ideias em produtos ou processos tangíveis e testáveis.
Por isso, essa abordagem visa alcançar resultados práticos e soluções que sejam:
- Viável economicamente e em tecnologia
- Desejável para o usuário
Como o design thinking surgiu?
Embora a noção de design como uma “forma de pensar” tenha sido esboçada por Herbert A. Simon, no livro The Science of the Artificial, de 1969, o processo ganhou maior notoriedade por conta de duas figuras conhecidas do Vale do Silício.
Um deles é David Kelley, professsor da Universidade de Stanford que fundou a consultoria de inovação IDEO, e seu colega Tim Brown, atual CEO desta mesma consultoria e autor de “Change by Design” (em português, “Design Thinking – Uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias”).
Popularizada pela consultoria, a abordagem foi apresentada e discutida no Fórum Econômico Mundial de Davos, em 2006. Dois anos depois, estampou uma das capas da Harvard Business Review. A partir daí, o mundo tinha os olhos voltados ao design thinking.
Etapas do design thinking
O processo de design thinking demanda a aplicação de algumas etapas, que não necessariamente são sequenciais. Além disso, por ser realizado em grupo, elas podem ser executadas em paralelo e também serem refeitas, caso se mostre necessário.
Para a d.school, o Instituto de Design de Stanford, estas são as cinco principais:
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#1 Criar empatia
A primeira delas é ter uma compreensão empática sobre quais são as necessidades das pessoas que estão envolvidas no problema. Sejam eles, aliás, seus consumidores ou mesmo colabores. Do que precisam? Do que gostam? O que querem?
Portanto, a empatia é essencial no processo de design thinking para responder essas perguntas. Pois ela permite que você deixe de lado suas próprias suposições sobre o mundo e obtenha uma visão real das demandas do outro.
#2 Definir
A partir da primeira, é necessário colher e analisar as informações obtidas para, assim, definindo as problemáticas centrais. E então, delimitar o que precisa ser resolvido ou criado. Para facilitar, é recomendado a criação de personas que podem ajudar a manter seus esforços centrados no ser humano antes de prosseguir para ideação.
#3 Idear
Aqui é o momento de arriscar: desafie suposições e crie ideias. As sugestões devem fluir sem censura, sem medo de errar. Além disso, as duas primeiras etapas deram a você uma base sólida de conhecimento sobre o problema. Brainstorms e debates são particularmente úteis aqui.
#4 Prototipar
É normal a associação mental entre design thinking e post-its. Afinal, é nesta etapa em que se deve escolher um ou algumas ideias (que frequentemente encontra-se escrita em post-its!) e experimentar.
O objetivo em criar protótipos que auxiliem na identificação da melhor solução possível para cada problema encontrado. Produza uma versão barata dele que auxilie a investigar o desempenho das ideias propostas.
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#5 Testar
Por fim, é necessário testar e experimentar os protótipos. Embora esta seja a fase final, o design thinking é iterativo: as equipes costumam usar os resultados para redefinir um ou mais problemas adicionais. Assim, caso seja necessário, é possível retornar a alguma etapa anterior, seja para alterar, refinar ou mesmo descartar alguma solução.
Quem usa o design thinking?
Por fim, a abordagem que busca pela inovação é usada por empresas, ONGs e governos de diferentes partes do mundo. Steve Jobs, advogou pela empatia no design de produtos e levou o conceito à Apple. Entre outros nomes de peso, por exemplo, estão Airbnb, UberEats, Sony, e muito mais.
No Brasil, o Itaú Unibanco usou para criar uma cultura de inovação para sua área de wealth management. Abaixo, Elen Kiss, superintendente de inovação do Itaú Unibanco, explica como aplicar design thinking no dia a dia: