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Denúncias de assédio sexual triplicam em 2024

mulher negra com a mão aberta a sua frente

Um estudo recente realizado pela empresa Aliant, especializada em governança, ESG e compliance, revelou um aumento significativo nas denúncias dentro do ambiente de trabalho. Os dados fazem parte da 10ª edição da Pesquisa Nacional de Canais de Denúncias, que coletou cerca de dois milhões de notificações recebidas por mais de mil empresas em 15 países, incluindo o Brasil, entre os anos de 2004 e 2024.

O resultado da pesquisa indica que as denúncias de assédio sexual triplicaram nos últimos cinco anos, o que pode ser interpretado como um reflexo da crescente conscientização e da maior disposição das vítimas em reportar casos de assédio, impulsionada pela percepção de que os canais de denúncia são ferramentas confiáveis e eficazes.

Há também um amadurecimento dos programas de conscientização nas organizações, reforçando a necessidade de denunciar os casos e cobrar mudanças mais eficazes no sistema.

Denúncias de assédio sexual no trabalho triplicam: o que revela a pesquisa?

As denúncias de assédio sexual no trabalho aumentaram 387,6% nos últimos cinco anos, de acordo com a pesquisa, que registrou 235,6 mil delações apenas no ano passado. As principais vítimas dessa categoria são as mulheres, representando 53,2% dos registros em 2024. Dessas, 65,2% ocupam cargos subordinados à liderança. Além disso, a pesquisa revela que líderes e gestores são os mais denunciados, com 59,8% das acusações recaindo sobre cargos de chefia em 2024.

Para se proteger de julgamentos e perseguições, muitas vítimas recorrem ao anonimato, um fator também levantado na pesquisa. “Partíamos do pressuposto de que esse índice seria maior nas denúncias de assédio sexual, dada a gravidade dos casos”, comenta Fernando Fleider, CEO da ICTS, controladora da Aliant. “No entanto, os dados de 2024 mostram que isso não ocorreu. Nas notificações de cunho sexual, o anonimato aparece em 65,1% dos relatos, um número semelhante ao da média geral, de 63,7%.” 

Leia também: Por que as mulheres (ainda) ganham menos do que os homens

Como agir nesse cenário?

Diante desse cenário, é fundamental que os jovens profissionais estejam cientes dos seus direitos e saibam como agir em caso de assédio. É importante conhecer os canais de denúncia disponíveis na empresa, confiar nessas ferramentas e não ter medo de denunciar. Ao mesmo tempo, é essencial que as empresas invistam em ações de prevenção e acolhimento, promovendo uma cultura organizacional pautada pela ética e pelo respeito.

Dicas importantes:

  • Conheça os canais de denúncia da sua empresa: informe-se sobre os canais de denúncia disponíveis na sua empresa e como utilizá-los. 
  • Confie nos canais de denúncia: acredite que os canais de denúncia são ferramentas eficazes para combater o assédio e outras formas de má conduta. 
  • Não tenha medo de denunciar: se você for vítima ou testemunha de assédio, não tenha medo de denunciar. Sua denúncia pode ajudar a proteger outras pessoas e a promover um ambiente de trabalho mais justo e seguro. 
  • Busque apoio: se você precisar de ajuda, procure apoio de amigos, familiares, colegas de trabalho ou profissionais especializados. 
  • Promova a conscientização: converse com seus colegas sobre o tema do assédio e incentive-os a denunciar casos de má conduta.

Saiba também: 6 formas de promover a ética no ambiente de trabalho

 

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