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Deeper: a história de criação do app que quer ser um Tinder por afinidades

Era maio de 2016, em Porto Alegre, e a cabeça de Leonardo Alves estava em branco. Como participante do Liderança Na Prática 32h, programa de formação de lideranças da Fundação Estudar, ele precisava de um projeto desafiador, o chamado “salto”, que pudesse implementar em um mês, período entre os dois módulos.

“Comecei a formular a ideia enquanto corria na universidade”, conta ele, que é estudante de Engenharia Mecânica na Unisinos, em São Leopoldo, região metropolitana da capital gaúcha. Trata-se do Deeper, um novo aplicativo de relacionamento que busca tornar as conexões menos superficiais ao oferecer matches anônimos com base em afinidades comuns. Ao fim de cinco minutos de conversa, os usuários podem escolher se revelam seus perfis (e fotos) ou não.

Leonardo compartilhou a ideia com Luiz Henrique Simon, colega de tanto de graduação quanto do curso de liderança, e ele sugeriu levá-la um passo além, inscrevendo-a no Startup Weekend, evento promovido pela universidade que aconteceria dali pouco tempo.

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Com uma equipe enxuta, o Deeper ganhou a competição. “Acho que a vitória foi o principal incentivo para seguirmos com o projeto. Todos os feedbacks e pesquisas que fizemos naquele fim de semana nos mostraram, de certa forma, que o aplicativo poderia ter público”, lembra Leonardo.

Uma semana após os eventos, a dupla montou uma empresa com mais quatro sócios e apresentou a ideia oficialmente em novembro. Foram mais de mil deeps – os pares que decidiram revelar perfis entre si – só nas primeiras 24 horas de funcionamento.

Origem do Deeper

“O salto foi o estopim, mas os conceitos de sonho grande e protagonismo foram muito importantes e algo que continuamos praticando e usando como referência”, diz Luiz, citando os valores da Fundação Estudar destacados nos programas da ONG.

Nenhum dos dois tinha experiência como empreendedor ou desenvolvimento de apps. “No evento da Startup Weekend, o que os programadores falavam era como grego para nós”, lembra Luiz.

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“Eu pensava que o mais difícil seria dar o primeiro passo e começar alguma coisa, mas na verdade isso é bem fácil. Difícil mesmo é administrar e manter um negócio, gerenciar equipe, tarefas, ir atrás de parceiros, decidir qual é a melhor estratégia, além das preocupações com gastos e custos”, continua Leonardo. “Então todo dia é um desafio e precisamos nos superar.”

Luiz concorda. “Nem sempre é fácil sair da zona de conforto e, quando se empreende, isso é o que mais acontece – ainda mais no início, um período de incerteza em que tudo está para acontecer e não há ‘estabilidade’ como num emprego normal.”

Hoje com seis funcionários, o Deeper ainda não tem fonte de renda e os investimentos vêm dos bolsos dos próprios fundadores. Luiz se dedica em tempo integral à empreitada, enquanto Leonardo usa as horas vagas do trabalho como engenheiro. “Quem ficou prejudicado com isso foi meu sono, mas a experiência está sendo muito válida”, brinca.

Modelo de negócios

A ideia para eventualmente monetizar o app é criar um serviço premium, mantendo uma versão gratuita mas oferecendo outros recursos a usuários pagantes.

Antes disso, no entanto, é preciso atingir uma massa preestabelecida de cadastrados e angariar mais dados e estatística para apresentar a investidores.

O foco, no momento, é aumentar a base de usuários e mantê-los ativos no aplicativo – um desafio familiar para todo empreendedor digital.

E a meta da startup não é fraca. Com o aporte financeiro necessário, o app espera ter 300 mil usuários pelo país.

“Esperamos também que o Deeper possa cumprir seu principal objetivo, que é ajudar as pessoas a se encontrarem para que surjam relacionamentos de verdade, não superficiais”, continua Luiz. “Com mais usuários, um número cada vez maior de casais será formado através da nossa plataforma – é isso que definiremos como sucesso.”

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