Hoje a frente de um time com oito profissionais – seis analistas, um coordenador e um estagiário –, Bruna Ferreira conta que seu principal aprendizado sobre ser líder está ligado a entender seus colaboradores individualmente. “Você precisa falar de forma diferente e lidar de forma diferente com cada um”, explica. “Acabei de ser promovida e tenho muito a aprender, principalmente sobre gestão de pessoas.”
O desafio é um de muitos pelos quais ela passou dentro da companhia, seu primeiro emprego e onde está há 14 anos. Formada em Administração e Direito, entrou no Ultra – holding que comanda as empresas Ipiranga, Ultragaz, Ultracargo, Oxiteno e Extrafarma – como estagiária. Seu programa incluiu rotação por três áreas: Seguros, Planejamento Corporativo e Informações Contábeis. Ao fim, foi efetivada na área de Financiamento de Investimentos.
Desde então, passou por diversos setores. Foi, além de estagiária, analista e coordenadora até virar gerente há um ano e cinco meses. Às vezes as oportunidades surgiam, em outras Bruna conta ter agido mais ativamente para se direcionar profissionalmente para outro caminho. “No começo, [as rotações aconteciam] mais por conta das circunstâncias, como a indicação para a área em que foi efetivada. Depois, eram mais planejadas”, destaca.
“Acaso existe? Sim. Mas você vai direcionando sua carreira para onde quer. Se estou interessada, procuro entender o que a área faz e vou participar de processos seletivos.”
O que é preciso para crescer na carreira dentro de uma organização
Para evoluir no Ultra, a gerente de planejamento afirma que foi importante ter possibilidade de mobilidade: “ter experiências em diversas áreas contribuiu muito para meu crescimento e para o complemento da minha formação”, diz. Não só ajuda o fato de que a companhia possui negócios diversos, mas que também incentiva que o profissional “navegue” por ela.
Para quem busca construir uma trajetória – crescer na carreira – dentro de uma organização, a principal dica de Bruna é aproveitar todas as oportunidades ao máximo. “Não fique só no que as pessoas te pedem, tente entender o que está por trás: para que aquilo serve, em que contexto você se insere na cadeia de processos, como a informação [que te pediram] será utilizada.”
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”Cada fase tem uma habilidade que você precisa desenvolver. Quando se está no começo da carreira – e principalmente na área financeira – você tem que ser muito criterioso, detalhista e analítico”, explica, “sua função é olhar para os números, entender o que está por trás deles, passar uma informação confiável.“
Poder transitar por setores diferentes fez com que a administradora também tivesse de desenvolver habilidades de relacionamento e capacidade de tratar de vários assuntos, muito valiosas para sua gestão em Planejamento. “Aqui na holding, eu olho para todos os negócios. É importante ter multidisciplinaridade.”