Como reagir de forma positiva a mudanças no trabalho?

foto de Craig Adderley via Pexels

No ambiente de trabalho, mudanças são inevitáveis. Novas políticas, reestruturações organizacionais, ou mudanças no mercado podem exigir que os profissionais se adaptem rapidamente.

Mas como agir quando essas mudanças ocorrem?

Durante a Conferência Gestão e Inovação, da Fundação Estudar,  Mariana Zaparolli, Expert Associate Partner na Bain & Company, e Alexandre Barreto, Sócio Diretor da Pragmatis, deram dicas valiosas sobre como os jovens profissionais podem se destacar em momentos de transição. Confira a seguir.

Como reagir a mudanças?

Segundo Mariana Zaparolli, a primeira reação a qualquer mudança deve ser ouvir e compreender. “Antes de reagir, é preciso escutar, conversar e tentar compreender,” afirmou. Planejar quais habilidades e conhecimentos serão necessários nas novas fases da organização também é crucial.

“Antecipar-se à necessidade pode ser fundamental para o sucesso. A partir das mudanças e da compreensão, é possível se posicionar.”

Alexandre Barreto, por sua vez, enfatiza a importância da escuta ativa. “Quando se chega a um novo lugar, é preciso compreender,” disse Barreto.

“Só de chegar a um novo emprego já podemos considerar que conquistamos um espaço. Com um pouco de ambição, você vai perceber que há outros espaços a serem ocupados, e isso se dá a partir das escutas.”

Para não vacilar diante das mudanças, Zaparolli sugere focar na execução do seu trabalho. “No fim do dia, é um trabalho. Faça seu melhor, conquiste credibilidade, observe e escute, e aí talvez você vá perceber as oportunidades.”

Barreto complementa dizendo que compreender o ambiente é essencial. “Na maior parte do tempo, ninguém inventa a roda. Pegamos o que conhecemos e adaptamos para realizar. Quando se está numa organização, você se molda a ela. De qualquer forma, a empresa espera que você seja único e que as suas características contribuam para o desenvolvimento do time.”

Como se destacar então?

Mariana Zaparolli destaca a capacidade de transformar seu repertório em ações concretas.

“Na consultoria, fazemos projetos complexos e com prazos apertados. Cada pessoa tem sua trajetória. A capacidade de pegar o seu repertório e conseguir fazer disso algo concreto é essencial,” explicou.

Ela também menciona a importância de atitude e resiliência. “Às vezes, o profissional não sabe realizar sua tarefa, mas há várias formas de lidar com isso: pode-se pedir ajuda, pesquisar, mas é preciso ter atitude nessa situação.”

Além disso, Zaparolli alertou contra desistir facilmente.

“Algumas pessoas descartam a possibilidade de participar ativamente da organização desde o dia um. Veem algo que não concordam e já desistem. Há limites, é claro; não se pode aceitar violências e discriminações, mas é preciso ser resistente às diferenças para poder criar percepções mais profundas.”

Alexandre Barreto reforça a ideia de adaptação e contribuição única. é Preciso, segundo ele, mostrar “quais são as entregas que só você pode fazer”.

“Quando se está numa organização, você se molda a ela, mas a empresa também espera que você traga algo único que contribua para o desenvolvimento do time,” disse Barreto.

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