Imagine conseguir uma vaga na NASA, a concorrida agência espacial americana. Agora imagine que, uma vez lá dentro, tudo fica muito mais difícil, porque seu trabalho é enviar coisas que custam entre milhões e bilhões de dólares para o espaço.
Esse é o cotidiano do engenheiro Adam Steltzner, americano que já participou de missões para Saturno, Júpiter e Marte (quando liderou a parte de entrada, descida e pouso do Curiosity, um veículo de US$ 2,5 bilhões).
O diferencial de sua trajetória é que, ao contrário de muitos colegas, ele foi um aluno mediano na escola e não se interessava por ciências desde cedo. Como encontrou seu propósito e se tornou uma das estrelas do time?
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“A curiosidade salvou minha vida”, disse ele em uma entrevista ao podcast Accidental Creative. Foi numa noite qualquer, quando voltava de um show e percebeu que as estrelas tinham mudado de lugar no céu, que decidiu se inscrever em um curso de astronomia numa faculdade próxima.
Este curso de astronomia exigia um pré-requisito: um curso de física, mas daqueles que não envolvem matemática. Achando que seria fácil, Steltzner aceitou – e se apaixonou pela física.
“Fui totalmente consumido por uma vontade de entender o universo e aplicar esse conhecimento de maneira prática”, explicou ele, que escreveu recentemente o livro The Right Kind of Crazy, em que traz suas lições sobre liderança, inovação e trabalho em equipe.
Depois de encontrar sua paixão, Steltzner se dedicou com firmeza a aprendê-la e começou sua carreira de sucesso, que culminou quando o Curiosity pousou usando uma nova técnica sua, apelidada de “guindaste do céu“.
Busca pelo propósito
Aos jovens de 20 e poucos anos que se sentem perdidos em relação à carreira, como ele mesmo fora até tropeçar na física sem querer, Steltzner pede calma.
“Se você está pensando nisso ou se sentindo estagnado nessa idade, olhe para dentro e veja de onde vem sua alegria, o que acende sua curiosidade – e siga isso.”
A chave para uma carreira de sucesso, continua, é seguir sua paixão e não ter medo. “O medo nos tranca frequentemente. Foi confrontando-o que consegui fazer escolhas ousadas.”