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Da economia ao empreendedorismo: a trajetória de Alain Michel, fundador da Mundo Pet

Alain Michel

Desde muito jovem, o empresário Alain Michel sabia que algum dia gostaria de empreender. No momento de escolher uma graduação, e possível carreira, ele optou por economia acreditando que os conhecimentos da área lhe proporcionariam uma boa base para quando decidisse empreender. Conheça um pouco mais sobre sua trajetória e como ele foi da carreira em economia ao empreendedorismo, fundando a rede de lojas Mundo Pet.

Começando a carreira em economia

Na adolescência, Alain jogava tênis de forma competitiva. Quando estava no ensino médio, participava de torneios internacionais e estava em ascensão no esporte. Ele decidiu unir a paixão pelo esporte com a oportunidade de fazer uma graduação no exterior com bolsa de atleta. “Eu já pensava em estudar fora do país e os Estados Unidos tem essa cultura de incentivo ao esporte, de ter alunos que joguem representando a faculdade. Coloquei na cabeça que eu queria estudar lá e me matei de estudar para entrar nas universidades americanas”, relembra.

O jovem optou por estudar na Universidade Duke. “Desde cedo, eu sabia que em algum momento da minha vida eu ia querer empreender. Então, na hora de escolher o curso, achei que economia me prepararia bem para eventualmente ter uma boa base para empreender. Não foi uma vontade de seguir carreira em economia precisamente”, pontua. E foi quando partiu para a graduação no exterior que Alain começou a fazer parte da rede de líderes de alto impacto da Fundação Estudar.

O empreendedor avalia que a carreira acadêmica nos Estados Unidos foi muito valiosa. “Foi muito bom para mim porque querendo ou não você está ali entre alguns dos melhores alunos do mundo. A régua é alta e isso te puxa bastante para cima, te motiva a tentar ir bem. Por jogar no time de tênis, eu ainda tinha um dificultador adicional de conciliar os treinos e viagens com as aulas e atividades acadêmicas, mas isso foi muito bom para me ajudar criar disciplina e organização”, pondera.

Além de competir e estudar, Alain também aproveitou as férias escolares para fazer estágios de verão e explorar diferentes áreas que possivelmente poderia seguir com uma carreira em economia. “Eu cheguei a trabalhar em um fundo de capital privado (ou private equity, em inglês), atuei na área de gerenciamento de patrimônio e até cheguei a fazer alguns cursos de programação, que era algo que me interessava bastante na época”, aponta.

O retorno para o Brasil

Quando Alain se formou, em 2011, o Brasil vivia um momento de aceleramento econômico que empregava um ar de otimismo nos negócios do país. Esse foi um dos motivos que levou o jovem a retornar ao país após a graduação. “Eu tinha bons contatos no Brasil e o país estava em uma fase muito boa, então eu vi como uma grande oportunidade. Além disso, eu poderia estar próximo da minha família e realizar meus sonhos em casa, já que eu tinha a sorte de ver o país decolando. Por isso, voltei diretamente depois que terminei meus estudos”, recorda.

Mas logo depois, o cenário econômico se mostrou desfavorável e trouxe dificuldades para profissionais brasileiros. Com a carreira em economia apenas começando, Alain enxergou a situação como mais um exemplo de momentos que viveu enquanto tenista. “Eu nunca fui o jogador mais alto ou o mais forte. Então, eu tinha que buscar outras qualidades em mim que me permitissem me destacar. Acho que uma das principais delas foi garra. Aprendi nas quadras que erros e derrotas são nossos aliados para o desenvolvimento. Eles indicam para onde devemos direcionar nossos esforços para melhorar e seguir evoluindo”, ensina.

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Ciente que seu objetivo profissional era eventualmente empreender, o economista procurou um emprego com o qual pudesse aprender e ganhar visibilidade. “Como sabia que queria empreender, eu não queria estar em uma grande instituição com uma hierarquia bem definida. Queria estar em um lugar menor, com bastante exposição e que eu aprendesse muito, pudesse realmente ganhar mais conhecimento. Não que eu ache errado a outra alternativa, mas levando em conta meus objetivos, era o que fazia mais sentido para mim”, aponta.

Com isso em mente, ele entrou em uma consultoria estratégica, na qual trabalhava diretamente com as altas gerências de empresas clientes. “Tive muita exposição e vi as coisas acontecendo muito de perto dentro dos negócios. Depois, eu fui fazer fusões e aquisições, que também me deu uma visão mais ampla das empresas, como as coisas funcionavam, o que foi muito bom. Ao longo da breve carreira em economia e afins, eu sempre pensava e discutia com muita gente para tentar achar algo que me brilhasse os olhos para eu finalmente empreender”, ressalva.

Enfim, o negócio próprio

Enquanto estava trabalhando, Alain conheceu o segmento pet e se interessou pelo mercado. “Vi que o Brasil era o segundo maior mercado do mundo e tudo indicava que ainda ia crescer muito. Decidi que era nisso que eu queria apostar para empreender. Fazendo minhas pesquisas, acabei vendo que ainda não tinha ninguém explorando o Nordeste com um modelo de megastore. Me joguei para o Nordeste e fiquei 4 meses viajando para buscar o máximo de informações que eu conseguisse. Quando vi que realmente existia a oportunidade, decidi criar o negócio”, esclarece.

O novo empreendedor foi responsável por estruturar a companhia e atuou como CEO durante os primeiros anos do empreendimento. “O background em economia me ajudou muito quando fui empreender. Me permitiu enxergar o negócio de forma bem analítica e em um escopo mais amplo. Consegui perceber aonde eu queria chegar, qual era meu sonho e quais qualidades e conhecimentos seriam necessários para aquilo acontecer. Economia é uma formação que te deixa com o pé no chão, bem alerta a tudo isso, além de contribuir com a parte científica de números”, pondera.

Ele afirma que o Brasil é um lugar difícil para se começar um negócio do zero, mas, por esse mesmo motivo, ele é um país com muitas oportunidades. “O Brasil tem muito potencial e ainda existem coisas a serem criadas para suprir a necessidade da sociedade como um todo. A crise que vivemos agora traz desafios e incertezas, mas isso também faz surgirem novas oportunidades. Com certeza, pretendo voltar a empreender no futuro”, garante.

Um conselho para os jovens profissionais

“Ter pessoas boas ao seu lado. E elas precisam compartilhar o mesmo sonho que você, além de terem conhecimentos e habilidades complementares aos seus. Quando você se conhece e entende no que você é bom, facilita enxergar os perfis de pessoas que precisa ter junto com você. Além disso, quem está começando na carreira precisa escolher algo que realmente goste. Acho ótimo fazer testes para ter uma visão mais ampla, da mesma forma que eu estagiei em algumas áreas diferentes para ter certeza do que eu queria fazer da minha vida depois. Experimentar e ajustar é muito importante”.

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