Redação, do Na Prática
Publicado em 18 de outubro de 2018 às 10:12h.
Na consultoria de recrutamento Hays, uma das maiores do Brasil, a demanda por profissionais ligados às diversas áreas que envolvem transformação digital nas empresas cresceu 44% de 2015 até o ano passado.
E quando a diretora da Hays Caroline Cadorin olha para o futuro, ela enxerga horizonte ainda mais promissor sobretudo para cinco funções, cujas nomenclaturas são mais utilizadas em inglês, idioma que é pré-requisito para 9 entre 10 cargos na área de tecnologia.
No jargão de recrutamento, Caroline e seus colegas de área chamam estes profissionais de moscas brancas (termo usado para especialistas difíceis de encontrar no mercado):
O perfil de tecnologia aliado ao conhecimento do negócio é uma regra para todos eles. “Senso de dono, pensamento voltado em como contribuir fazem parte do perfil que deixa de ser só técnico para ser empreendedor”, explica.
A executiva atribui a tendência de alta à ampliação do uso da tecnologia pelas empresas no Brasil. “Nesse último período, para além das empresas de tecnologia e startups, começou um movimento de transformação digital nas indústrias mais tradicionais”, explica.
Nesse domínio, empresas de bens de consumo e serviços, como bancos e instituições financeiras, são as que mais contratam, mas a distribuição da necessidade é uma realidade, inclusive geograficamente.
Embora haja obviamente mais profissionais disponíveis nos grandes centros urbanos como São Paulo e interior do estado e Rio de Janeiro, partes da região Sul, as oportunidades profissionais estão espalhadas pelo país. “É uma área que pede mobilidade”, diz Caroline. Horários flexíveis e trabalho remoto são benefícios bastante frequentes nessas áreas.
Ela vê muitos profissionais saindo de empresas de tecnologia para fazer parte da transformação digital de empresas de outros setores. “Existe uma migração de indústrias dependendo do mercado”, diz.
Os salários, segundo ela, variam bastante de acordo com a experiência do profissional, do setor e tamanho da empresa. Ela prefere não cravar valor médio em nenhuma das funções e diz que há muita flexibilidade na negociação.
Esta matéria foi originalmente publicada na EXAME.