Em um dos últimos finais de semana de abril de 2016, em um prédio do campus de Harvard, o pesquisador Jim Collins (autor do clássico dos negócios Empresas feitas para vencer) conversava com Jorge Paulo Lemann sobre os desafios que o Brasil tinha pela frente ao longo dos próximos anos. “Nunca teremos sucesso com uma grande desigualdade”, resumiu o empresário, que considera esse o principal empecilho ao progresso brasileiro.
Ele também revelou estar bastante confiante no poder da juventude para melhorar (e muito!) o país, e logo depois convidou para juntar-se à conversa a modelo Gisele Bündchen, que assistia na plateia e ecoou a fala de Lemann. Encerrava assim a segunda Brazil Conference, um evento de dois dias.
Em formato de palestras e fórum de debates, a Brazil Conference surgiu de uma vontade que alunos brasileiros das universidade vizinhas de Harvard e MIT tinham de levar para esses grandes centros intelectuais as discussões sobre como solucionar os principais problemas do Brasil. Aconteceu pela primeira vez em 2015, no aniversário de 30 anos da democracia brasileira.
A próxima edição está marcada para abril de 2022, também na imediação das universidades americanas, e parte dos preparativos envolve a seleção de 10 estudantes brasileiros para desempenharem o papel de embaixadores do evento.
Os jovens selecionados participarão do evento com todas as despesas da viagem custeadas, e terão a missão de trazer de volta ao país, com ações e projetos, as discussões e temas propostos durante a conferência. Se interessou? É possível realizar a sua inscrição por aqui até o dia 19 de outubro.
“Eu me tornei embaixador da Brazil Conference por querer ser parte de uma geração de líderes que transforme nosso país e o mundo num lugar mais justo, igualitário, colaborativo, empreendedor e com oportunidade para todos”, explica David Costa, que acrescenta que o networking proporcionado durante o evento ajuda muito nesse desafio. Para ele, promover discussões sobre problemas sociais e políticos do país é o principal papel do embaixador, o que é particularmente desafiador em uma cultura em que, segundo ele, os jovens universitários têm pouco costume de se reunir e discutir os problemas sociais do país.
“É tanto servir de exemplo como também incentivar o debate e a busca por soluções”, complementa a embaixadora Laís Higashi sobre o seu papel. “O maior desafio para mim é representar bem os jovens brasileiros. Servir de exemplo e agir de maneira com que incentive outros jovens a serem agentes de mudança também é uma grande responsabilidade, mas que é também muito gratificante”, continua. Alexandre Lima e Eduarda Zoghbi, que também foram selecionados, concordam.
Se você é aluno de graduação em uma universidade brasileira e quer juntar-se a eles, com disposição para aprender, debater e compartilhar ideias sobre os problemas do Brasil e possíveis soluções, não deixe de se inscrever no programa.
Brazil Conference