Nos dias 13 e 14 de Setembro, o mundo voltará os olhos para o Brazil Climate Summit 2023, um evento brasileiro em Nova York que busca destacar o papel do Brasil na transição global para uma economia verde.
Chief os Staff da projeto, Cristina Castellan, que é Líder Estudar 2022 e estudante de MBA da Columbia University, falou nesta segunda-feira (11) ao NaPrática e compartilhou os objetivos e expectativas para o evento.
“O Brasil possui uma das matrizes energéticas mais renováveis do mundo, potencial em biomassa e hidrogênio verde, entre muitos outros recursos”, contou ela durante o papo. “Por isso criamos a Brazil Climate Summit, pra cone’ctar o Brasil com o mundo, para mostrar como o país é um hub de soluções para os desafios climáticos”
À reportagem, Cristina falou ainda sobre o papel da iniciativa privada no debate, as soluções concretas discutidas globalmente e os entraves para os avanços da agenda verde. Confira.
Investidores internacionais de olho em negócios sustentáveis no Brasil
Cristina Castellan explicou que o Climate Summit é um evento brasileiro que se torna importante globalmente devido ao papel crucial que o Brasil tem na mitigação das mudanças climáticas. Hoje, segundo ela, 85% das fontes de energia no País são renováveis – percentual mais de três vezes maior do que nos Estados Unidos.
“A segunda edição do Brazil Climate Summit pretende discutir uma ampla gama de tópicos relacionados à sustentabilidade e ação climática”, analisa ela. “Estes incluem descarbonização da economia global, atração de capital privado para investimentos sustentáveis e promoção do desenvolvimento econômico sustentável, além de reindustrialização verde, sistemas agrícolas sustentáveis e energias renováveis.”
Na visão de Cristina, a participação da iniciativa privada é fundamental nessas discussões e deverá se fazer presente no evento de Setembro. Para ela, esta é uma oportunidade para o setor demonstrar compromisso com a sustentabilidade e com suas catalisadoras.
“Investidores e patrocinadores internacionais também estão interessados em oportunidades de negócios alinhadas com práticas sustentáveis no Brasil”, explica Cristina. “O Brazil Climate Summit é uma conferência de negócios que visa impulsionar investimentos e criar valor para negócios relacionados ao clima, o que já tem gerado um aumento nos investimentos internacionais no país.”
Falta de capital e políticas inconsistentes travam avanço da agenda verde
Para chegar às soluções, no entanto, Cristina salienta que o Brazil Climate Summit será também um momento para discutir os desafios e obstáculos da agenda verde na economia brasileira. Para ela, falta de capital, políticas inconsistentes, pressões econômicas e infraestrutura insuficiente são alguns dos entraves para solucionar os problemas climáticos.
“Estimativas apontam que serão necessários investimentos na casa de trilhões de dólares para criarmos uma economia net zero até 2050”, projeta a organizadora. “Vários países já lançaram planos e regulações robustas para estimular investimentos na área. Por isso, posicionar o Brasil como um líder no tema e desenvolver uma economia de baixo carbono por aqui pode impulsionar a economia brasileira de várias maneiras.”
Em outro ponto, Cristina diz que será importante discutir maneiras de promover a pauta ambiental a nível global, incluindo a necessidade de coordenar ações com outros países, superar barreiras comerciais e promover a conscientização sobre as contribuições positivas do Brasil para a agenda.
“A diplomacia climática e a cooperação internacional desempenham um importante papel nesse contexto”, resume ela. “É por isso que também trazemos para a conferência organizações multilaterais, representantes de outros países, investidores internacionais, governantes brasileiros, academia e representantes da sociedade civil. Só vamos conseguir resolver esses desafios de escala global se formos capazes de cooperar e encontrar soluções em conjunto.”
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