Aprender sobre liderança nem sempre é simples, porém nem por isso significa que seja uma missão impossível. Não é necessário, por exemplo, ficar preso a lições teóricas, longos textos ou mesmo palestras maçantes. Afinal, é possível ter exemplos de líderes inspiradores em séries e filmes.
E pode ficar tranquilo, também não estamos nos referindo a lideranças que estão restritas a cargos de chefias – e usam e abusam da força de seus funcionários. O líder do qual estamos falando é aquele agente de mudanças; alguém capaz de impactar tanto sua própria realidade quanto a dos outros através do protagonismo e da execução.
Com o devido cuidado de não dar spoilers, o Na Prática reuniu 10 líderes inspiradores de séries e filmes. Entre os critérios de escolha, buscamos fazer uma lista diversificada e que contemplem diferentes gêneros e temáticas para agradar todos os gostos – afinal, o objetivo é que você escolha alguma dessas opções para ver (ou rever).
Líderes inspiradores de séries e filmes
#1 Alvo Dumbledore, de “Harry Potter”
Não apenas para Harry e outros alunos de Hogwarts, Alvo Dumblerdore foi um exemplo de liderança. Como diretor da escola de magia, o bruxo se destacava por atuar com honestidade e sabedoria. A lealdade a sua figura, inclusive, prosseguiu forte mesmo durante a sua ausência, o que demonstra o respeito e amor que ele conquistou entre os seus subordinados.
E ainda que fosse aclamado como o maior mago na memória viva, e mesmo agraciado com enormes talentos, Dumbledore sempre mostrava humildade em qualquer ambiente. Além disso, ele era aberto e costumava sempre se mostrar vulnerável pelo fato de ser igual a todo mundo. Pois ele podia cometer erros como qualquer um – e fazia bem em lembrar aos outros desse fato.
#2 Anna, de “Frozen”
Prosseguindo com a lista de líderes inspiradores de séries e filmes, para quem ainda não assistiu ao filme, é bem capaz de estar se perguntando por que não a Elsa neste lugar da lista? Bom, algumas características e habilidades de liderança da Anna merecem ser destacados.
Para começar, a personagem não se limita a posição ou título como pré-requisitos para tomar a iniciativa de assumir a liderança. Além disso, Anna é leal e é o que por sua vez inspira lealdade e comprometimento de outros. Ainda que com um tanto de teimosia, ela tem a capacidade de aprender com erros e não tem medo de arregaçar as mangas e trabalhar duro.
#3 Ben, de “Capitão Fantástico”
Pode até parecer uma distopia a rotina da família Cash, mas é inegável a liderança exercida pelo patriarca Ben. Abominando incontáveis aspectos do sistema capitalista, ele vive com seus filhos nas florestas do estado de Washington (EUA), onde eles são praticamente autossuficientes. É claro que, assim como em uma gestão e também em uma família, alguns conflitos surgem.
Ben, inclusive, questiona a si próprio, comete erros e também pede perdão – assim como um qualquer líder e pai deveriam fazer. Ainda que nem todos os filhos concordem com as suas decisões, ele não deixa de ser respeitado, nem de ensinar a sua visão de mundo e de manter a disciplina. Além disso, o patriarca não poupa os filhos do aprendizado, ainda que muitas vezes seja cru e direto.
#4 Capitão Miller, de “O resgate do soldado Ryan”
Há quem diga que o teste supremo de liderança é a capacidade de guiar pessoas em um combate. Visto que não há nada mais assustador do que enfrentar a possibilidade de morte na guerra. Não importando o contexto, seja de guerra ou paz, a liderança autêntica e um claro senso de propósito são os principais ingredientes que fazem a diferença.
Para quem tem interesse de ter um recorte desse tipo de situação, “O resgato do soldado Ryan” é uma ótima fonte. Na obra, vemos o capitão John Miller sendo confrontado com a missão (quase impossível) de liderar um esquadrão de soldados na Normandia para encontrar e trazer Ryan. Um dos aspectos mais fascinante deste filme é a representação da liderança e da relação entre os soldados, a missão e o capitão – que formou o elo que mantinha a unidade do time.
#5 Capitão Ray Holt, de “Brooklyn 99”
O capitão Holt já levou muitos tiros (alguns em ação, outros metafóricos) durante sua carreira como comandante dos policiais mais engraçados de Nova York. Mas sua liderança tem muitas camadas, afinal ele é um verdadeiro team player. Inclusive, ele reconhece que tem poder, porém o usa para fazer o bem e proporcionar mudanças.
Pois mesmo Holt sendo a pessoa responsável por definir as regras da equipe, não mede esforços para apoiar e se adaptar quando alguém precisa. Ele se levanta em defesa de qualquer membro de seu time, seja quando o assunto é segurança, carreira ou sentimentos que possam estar feridos.
#6 Jacqueline Carlyle, de “The Bold Type”
Ao contrário das chefes que estamos acostumados a ver – quem não se lembra da implacável Miranda Priestly de “O diabo veste Prada”? –, Jacqueline Carlyle, a editora-chefe da revista Scarlet na série “The Bold Type”, é uma líder forte e solidária. A personagem se destaca por ser a chefe que todos gostariam de ter (ou ser).
Durante a série, é possível perceber o quanto ela é determinada, mas não inexorável. Fugindo do estereótipo de líderes femininas duras, é gentil, porém sem ser exageradamente suave, além de apoiar sua equipe enquanto a pressiona para fazer o melhor trabalho. Apesar de sua agenda lotada, Jacqueline arranja tempo para orientar seus funcionários, apoiando-os emocionalmente e lutando por eles sempre que necessário.
#7 June, de “The Handmaid’s Tale”
A história se passa em uma ditadura religiosa no qual os direitos das mulheres são removidos e um sistema de castas é introduzido. Quando as mulheres são levadas pelo regime, elas perdem sua identidade. É neste contexto que temos Offred, ou melhor June.
Líder por espontaneidade ou por força da situação em que está inserida, a personagem se mostra empática, inteligente e destemida. Sua sororidade é uma das armas mais importantes para formar a resistência ao regime de Gilead. Afinal, é assim que ela consegue unir mais mulheres (e até mesmo alguns homens) ao seu movimento.
#8 Lila, de “A amiga genial”
Prosseguindo o nosso ranking, o que falar da genialidade de Raffaella Cerullo? Mais conhecida como Lila, a melhor amiga de Lenú, que narra tanto a tetralogia dos livros assinados por Elena Ferrante quanto a série produzida pela HBO, é intensa e brilhante. Contudo, ela sempre vai além.
Autodidata e cética, desde muito pequena a filha do sapateiro sabia já se mostrava bastante astuta e assumia uma posição de liderança – tanto com amigas e até com o irmão mais velho, sendo capaz de influenciar nas decisões até mesmo de adultos.
Já na fase adulta, não obstante, a personagem torna-se uma peça central na vida daquela Nápoles empobrecida. Apesar da amizade turbulenta com a narradora, Lila é empática e capaz de enxergar profundamente cada um, não medindo esforços para ajudar os seus. Além disso, ela é aquele tipo de liderança que busca promover mudanças no ambiente e mesmo nas pessoas.
#9 Rey, de “Star Wars: O Despertar da Força”
Nós já falamos de lições de liderança da franquia Star Wars, porém aproveitamos agora para dar destaque a outro personagem. Logo de cara, uma das lições mostradas por Rey é de que todos têm um passado. E no caso dela, era necessário chegar a um acordo com a sua origem para, então, se deixar ir abraçar um novo futuro.
Além disso, em meio a sua jornada de autoconhecimento, um dos entendimentos da personagem é de que ela é parte do todo. Isto é, somos a soma de todos os líderes pelos quais fomos liderados. Com isso, todo líder que exerceu influência sobre você é parte de você. Não por acaso, Rey se destaca por ser uma liderança que busca pelo equilíbrio.
À Forbes, o pesquisador de liderança Jay Conger afirma que esse estilo não se baseia em simplesmente apresentar argumentos atraentes à equipe. Como resultado dessa conduta, a líder foi capaz de estabelecer credibilidade por meio de experiência e relacionamentos, estruturar objetivos compartilhados e conectar-se emocionalmente com o seu time.
#10 Woody, de “Toy Story”
Encerrando a nossa lista de líderes inspiradores de séries e filmes, é quase parte do entendimento mundial que a franquia Toy Story fala, entre outras coisas, fala sobre o fim da infância. E tudo bem, é um ciclo da vida que deve ser cumprido e encerrado. Essa alegoria, porém, ensina outras importantes lições por meio da vida dos brinquedos, que é liderada pelo cowboy Woody.
Independente e forte, o personagem demonstra boas habilidades de gerenciamento. Ainda assim, Woody se preocupa com os outros brinquedos e os leva em consideração sempre quando toma uma decisão. Cativando sentimentos positivos em seus seguidores, ele motiva a sua equipe e tem facilidade em conquistar a confiança e lealdade de outros brinquedos.
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