Em um recente relatório, entitulado The Future of Jobs, o Fórum Econômico descreve suas previsões sobre como será o mercado de trabalho nos próximos anos, levando em conta os principais componentes sociais, tecnológicos e econômicos que atuam sobre o mercado global. O documento chama atenção para a urgência das questões de diversidade e igualdade de gênero na força de trabalho, e critica o ritmo lento dos avanços nessa área.
“É tempo para uma mudança fundamental em relação à questão do talento e da diversidade, seja de gênero, idade, étnica ou orientação sexual”, escrevem os autores. Na última década, apenas 3% do gender gap econômico global foi fechado. As chances de uma mulher conseguir uma posição de liderança ainda são muito menores que as dos homens (28%) e apenas 9% dos CEOs do mundo são do sexo feminino.
Mulheres ainda são minoria em tais campos por diversas razões e, se um cuidado extra não for aplicado pelas empresas na hora de pensar sobre o futuro, há um risco de dificultar ainda mais o sonho de eliminar o hiato profissional entre homens e mulheres. No gráfico a seguir, é possível ter uma visão mais aprofundada sobre a representatividade das mulheres nas diversas indústrias e níveis de carreira:
O relatório estima que homens perderão cerca de 4 milhões de empregos e ganharão outro 1,4 milhão. Quase um novo posto para cada três perdidos. No caso das mulheres, já subrepresentadas, a expectativa é de um novo emprego para cada cinco eliminados.
Os autores do documento finalizam pedindo atenção especial ao tema e sugere uma série de medidas, de mecanismos de responsabilidade empresarial a programas de tratamento e mentoria. E um ponto valioso da conclusão é lembrar que a responsabilidade não termina no escritório. Uma empresa tem a oportunidade de impactar sua cadeia de valores e tornar-se uma influência externa que garanta neutralidade, inspira meninas e jovens e desenvolva parcerias com a sociedade civil, entre outras possibilidades. São ações que podem fazer toda a diferença, agora e no futuro.