Como headhunter da célebre firma suíça Egon Zenhder, André Abram já viu sua cota de grandes lideranças. Afinal, desde 2008 sua missão inclui encontrar os melhores executivos disponíveis para cargos de diretoria e acima no Brasil (os chamados C-Level).
Mas não só de MBAs no exterior vive um líder, tanto dentro quanto fora do mercado financeiro, área em que André se especializou. E para quem está no começo da carreira, sua mensagem é clara: é hora de ter pouco orgulho e muita entrega.
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Afinal, é nesse momento que se formam as bases fundamentais de uma trajetória profissional – e é bom que sejam firmes. Para ele, é possível preparar o terreno para uma carreira de sucesso assumindo desde cedo quatro grandes desafios de autodesenvolvimento. Ele garante que vale a pena!
1. Curiosidade
“A melhor maneira de desenvolver curiosidade é tentar se provar errado.” Não tenha medo de se envolver profundamente com um tema e nem de pedir feedbacks críticos. Humildade e vontade de aprender (às vezes tudo de novo) são determinantes na hora de assumir uma posição de ponta.
2. Determinação
“Um bom exercício para isso é pegando um ‘osso’”, resume. Qual estágio? Aquele que vai te fazer suar a camisa. Qual empresa? Aquela que vai te fazer acordar meia hora mais cedo para pensar no melhor caminho. “Nessa época da vida, achar um desconforto é fundamental.”
3. Engajamento
Para André, há um elemento grande de influência em qualquer trabalho, e ele aposta que tal habilidade será cada vez mais buscada. “O jornalista vende uma proposta de entrevista para um entrevistado e eu vendo meu projeto para um cliente”, exemplifica. Para desenvolvê-la, treine falar em público, debata, exponha-se e aprenda a trazer os outros para o seu lado. “Coloque-se em situações que você tem que convencer outros de alguma coisa.”
4. Insight
Traduzir temas complexos de forma simples é uma habilidade muito valiosa. “É algo que possível de desenvolver ao não se ter receio de lidar com assuntos com alto grau de complexidade, como supply chain”, fala. Para simplificar sua leitura de mundo, encontre projetos que exijam muita abstração e poder de síntese (de preferência multidisciplinares) e esforce-se para explicá-los – de novo e de novo.