Sabemos que o ambiente de negócios brasileiro é um dos mais desafiadores do mundo. Mas algumas empresas do país conseguem vencer esse desafio e crescer: as Scale-ups. Elas são menos de 1% do total de empresas brasileiras, mas crescem acima de 20% ao ano por três anos consecutivos e são responsáveis por gerar mais de 40% dos novos empregos da economia. As Scale-ups criam quase 100 vezes mais empregos do que a média das empresas no Brasil.
Incentivar o crescimento das empresas é urgente e, para isso, é imprescindível que tenhamos cidades mais preparadas. O ponto de partida é identificar as principais forças e os desafios de cada cidade para que o gestor público possa agir de forma precisa.
O Índice de Cidades Empreendedoras tem o objetivo de ser a base para que as cidades entendam como oferecer melhores condições para que seus empreendedores possam crescer. São eles que transformarão mercados, cidades e o mundo.
É nas cidades que os empreendedores estão. E é por isso que a Endeavor lançou a segunda edição do Índice de Cidades Empreendedoras: para estimular que municípios sejam cada vez mais férteis para o crescimento das empresas.
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Esta segunda edição do estudo conta com algumas melhorias, como a adição de casos de melhores práticas internacionais que mostram onde as cidades do estudo poderiam se inspirar para vencer seus desafios. Além disso, o número de cidades avaliadas saltou de 14 para 32, em 22 estados. Por isso, nessa edição, o estudo analisou 55 indicadores em sete pilares: Ambiente Regulatório, Acesso a Capital, Mercado, Inovação, Infraestrutura, Capital Humano e Cultura Empreendedora. Veja os destaques das 5 cidades mais bem colocadas:
1. São Paulo: A força da capital econômica do país
O maior mercado do país e a maior oferta de capital para empreendedores estão em São Paulo. A capital paulista concentra mais de 60% de todos os investimentos de capital de risco do país. A superpotência econômica também é a terceira melhor no pilar de Inovação, com a terceira maior proporção de empresas de tecnologia.
Seu maior desafio está em Capital Humano, onde ocupa a 20ª posição de 32 cidades, ficando logo atrás de João Pessoa. Apesar de concentrar boa parte das melhores universidades do país, proporcionalmente a outras cidades, São Paulo não tem tantos alunos em cursos de alta qualidade. Como o número de empresas a procura de bons profissionais na cidade é grande, a mão de obra fica muito cara. O salário de um dirigente em São Paulo é de R$ 9.432, em média, cerca do dobro da média das 32 cidades pesquisadas.
2. Florianópolis: A ilha empreendedora
A capital catarinense é a cidade com o melhor capital humano do país. Contratar profissionais com boa formação e com salários até um pouco abaixo da média nacional é algo mais simples na cidade – 60% dos alunos formandos da cidade estão matriculados em cursos de alta qualidade pelo MEC, a mais alta taxa do estudo. A cidade também é líder em inovação, com a maior proporção de mestres e doutores do estudo.
O desafio da ilha está justamente no fato da cidade ser pequena. Mesmo crescendo, o mercado interno de Florianópolis é pequeno: a cidade tem o 27º maior PIB de 32 analisados. Principalmente na cidade o recado que vale para todo o país é urgente: os empreendedores precisam buscar o mercado externo. Em Florianóplis apenas 0,35% das empresas exportam.
3. Vitória: Equilíbrio dá resultado
Vitória não é líder em nenhum dos pilares do estudo, mas tem resultados expressivos em todos eles. A cidade é vice-líder em Capital Humano graças, por exemplo, a larga oferta de Ensino Profissionalizante na cidade: 3,7% da população com mais de 15 anos está matriculada nesses cursos, mais que o dobro da média do estudo, de 1,8%.
Apesar disso, a cidade precisa incrementar seus investimentos em inovação, já que foram poucos investimentos de organizações como BNDES e Finep e a cidade não tem, por exemplo, nenhum parque tecnológico.
4. Recife: A melhor do Nordeste está avançando
A melhor representante do Nordeste apresentou grandes avanços em alguns de seus indicadores. A cidade, 6ª colocada em Capital Humano, tem a maior proporção de inscritos no Ensino Técnico (5,5% da população acima de 15 anos). A cidade também tem impostos mais baixos e processos burocráticos menos complexos do que a média do estudo, dando a cidade a 7ª posição em Ambiente Regulatório.
O Recife, no entanto, ainda precisa melhorar a imagem que sua população tem a respeito do empreendedorismo. Um em cada quatro recifenses acredita que empreendedores exploram seus funcionários, a 3ª maior taxa do estudo.
5. Campinas: Números de capital em pleno interior
Por estar localizada no interior do estado de São Paulo, Campinas consegue ter a 4ª melhor Infraestrutura pesquisada. Com o maior centro de carga aérea do país e o 5º maior em passageiros, Viracopos tem potencial para ser o maior aeroporto da América Latina em carga. A cidade também é 4ª em inovação, com a segunda melhor média de investimentos da FINEP e do BNDES por empresa.
O principal desafio da cidade está no seu Ambiente Regulatório, já que a carga de ICMS estadual é um dos mais altos.
Todas as cidades ainda precisam avançar nos mais diversos indicadores. A Endeavor espera conseguir ajudar essas cidades a chegarem lá!
Para saber mais sobre esses resultados e conferir resultados das outras 27 cidades, faça download do relatório da pesquisa aqui.
Este artigo foi originalmente publicado em Endeavor