A pandemia do coronavírus mudou a forma como empresas e colaboradores se relacionam, o que impactou drasticamente o bem-estar no trabalho. Ao mesmo tempo que as organizações lutam para sobreviver no novo contexto, funcionários apresentam novas preocupações e motivações que devem ser consideradas pelos empregadores. Mais do que nunca se faz necessário que as lideranças tomem medidas para ajudar suas equipes a gerenciar os desafios que enfrentam e promover o bem-estar geral.
Pensando nisso, a empresa norte-americana de seguros e programas de benefícios a funcionários MetLife lançou um estudo focado em como apoiar o bem-estar de funcionários em tempos de incerteza. De acordo com o relatório, investir no bem-estar no trabalho pode gerar um aumento de 12% no engajamento, 9% em produtividade e 10% em lealdade à empresa.
Promovendo o bem-estar no trabalho
À medida que as organizações respondem ao impacto da pandemia do COVID-19, os empregadores podem sentir pressão para tomar decisões críticas para manter suas operações. Os líderes podem ser forçados a tomar medidas que influenciam os fatores de bem-estar no trabalho, como congelar promoções, reduzir horas e até fazer demissões. Durante esse período, os benefícios proporcionam uma maneira de cuidar dos funcionários, melhorando seu desempenho e bem-estar no trabalho.
De acordo com o relatório, adotar uma abordagem abrangente em relação aos benefícios oferecidos e a comunicação pode ajudar a empresa e os funcionários. Essa estratégia gera confiança na liderança e comprometimento por parte da força de trabalho. O segredo é considerar a oferta de benefícios como uma gama de recursos que trabalham juntos para atender às necessidades diversas dos funcionários durante a pandemia do COVID-19.
Os quatro elementos principais
A abordagem tradicional de bem-estar no trabalho leva em consideração principalmente a saúde física, mas ela tem um impacto limitado porque falha em explicar aspectos mais amplos do bem-estar. As lideranças devem levar em consideração quatro vertentes relacionadas à saúde do colaborador: a mental, física, financeira e social. Esses elementos estão interconectados e trabalham juntos para apoiar o bem-estar dos funcionários.
Em um ambiente normal, os funcionários podem ter dificuldades em uma ou duas áreas de bem-estar. Mas a pandemia do COVID-19 impactou a força de trabalho como um todo em todos os elementos. Entenda melhor os impactos em cada área.
#1 Saúde social: Capacidade de formar relacionamentos interpessoais satisfatórios com os outros. Essa questão foi bastante impactada com o isolamento social e a mudança de trabalho para dentro de casa.
#2 Saúde financeira: Estado da segurança financeira pessoal e familiar. Preocupações com a segurança no emprego, redução de salário e a preparação para aposentadoria a longo prazo afetam significativamente essa área do bem-estar no trabalho.
#3 Saúde física: Nível de doença, lesão e estilo de vida geral. Pode ser afetada pelo vírus, mas também através do fechamento de academias e diminuição do acesso a formas de autocuidado.
41 Saúde mental: Condição de bem-estar psicológico e emocional. E a saúde mental pode ser prejudicada pelo estresse de todos esses fatores.
Melhorar a saúde dos funcionários em todas as quatro dimensões pode levar a uma força de trabalho mais feliz, com maior produtividade, engajamento e lealdade. De acordo com o levantamento, investir no bem-estar no trabalho pode gerar um aumento de 12% no engajamento, 9% em produtividade e 10% em lealdade à empresa. Além disso, a satisfação reduz complicações como estresse, burn out e depressão.
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Quanto mais benefícios são oferecidos, levando em conta as quatro áreas, maior a probabilidade dos colaboradores se sentirem apoiados pelas empresas que trabalham durante o COVID-19, conforme aponta o estudo. Os funcionários que declaram estar recebendo apoio durante esse período possuem maior probabilidade de receber benefícios como seguro de vida, odontológico e invalidez do empregador.
Atualmente a saúde mental e financeira tem sido as maiores preocupações dos profissionais. Programas que ajudem os funcionários a gerenciar as finanças do dia-a-dia, se proteger contra despesas não planejadas economizar para planos futuros, além de acompanhamento psicológico são estratégias recomendadas pela empresa para cuidar do bem-estar no trabalho.
Três atitudes para ajudar na promoção do bem-estar no trabalho
#’1 Definir o que significa bem-estar para sua organização. Avalie se há algum componente (físico, mental, social, financeiro) ausente do seu modelo.
#2 Avaliar como seus benefícios e programas atuais colaboram com diferentes aspectos do bem-estar dos funcionários – especialmente saúde financeira e mental.
#3 Adotar uma discussão aberta sobre o assunto – reforçada por recursos, campanhas e apoio à liderança – na sua cultura organizacional.
Essas são apenas algumas estratégias iniciais que podem ter um impacto positivo em como os colaboradores lidam com a crise. Mas não há dúvidas que as empresas que realmente se empenharem em colaborar com sua equipe de todas as formas possíveis são as que conseguiram sobreviver o contexto atual e sair fortalecidas.