“Sucesso não significa ausência de falhas. Significa a obtenção de objetivos finais. Significa ganhar a guerra, não todas as batalhas”, afirmou o jornalista e educador Ed Bliss, no documentário “Como criar crianças felizes e confiantes” (How to raise happy, confident kids). O sentido dessa frase, contemplado por diversas personalidades, de diversas formas, ao longo dos anos, se comprovou repetidamente na trajetória de muitas pessoas hoje consideradas bem-sucedidas.
O Na Prática traz a seleção de alguns fatos que deixam claro a importância de resiliência na trajetória. Mesmo depois de errar grandemente, em muitos campos de atuação, estas pessoas atingiram resultados grandiosos e deixarão (ou já deixaram) legados incalculáveis.
Fatos sobre pessoas bem-sucedidas (que mostram que você não é um fracasso)
Albert Einstein
Quando criança, Albert Einstein foi chamado de “lento” pela família. Ele não começou a falar até os dois anos de idade. No entanto, ao começar, pulou as palavras simples que as crianças normalmente falam e formou, de primeira, frases completas.
Mais velho, ao prestar o exame de admissão para o Politécnico de Zurique, onde acabou estudando, brilhou em matemática e física. Porém, falhou na prova geral e, por isso, foi mandado de volta para a escola secundária para mais um ano de preparação.
Apesar disso, em 1921, já consolidado como um dos maiores físicos da história, ganhou o Prêmio Nobel. Entre seus legados estão a Teoria da Relatividade, a descoberta do efeito fotoelétrico e a fórmula mais famosa da Física, de fissão nuclear (cujo princípio pode ser usado para gerar energia e criar bombas atômicas – apesar de Einstein ter sido um defensor da utilização da ciência apenas para fins pacíficos).
Jorge Paulo Lemann
Um dos criadores da Fundação Estudar, Jorge Paulo Lemann é sócio do fundo 3G Capital, que tem participação em empresas globais como Kraft Heinz e Burger King, e considerado o homem mais rico do Brasil.
Quem sabe da sua carreira bem-sucedida no mundo empresarial nem imagina que Lemann já teve uma experiência de falência. Uma de suas primeiras investidas, a empresa Invesco, especializada em concessão de crédito, faliu. “Eu tinha 26 anos, me achava o máximo e descobri que não era tão esperto ou tão inteligente. Novamente as dificuldades me ensinaram muitas coisas”, disse ele em evento da Endeavor, em 2015.
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J.K. Rowling
J.K. Rowling é uma escritora, famosa pela sua série de livros Harry Potter, que, posteriormente, virou uma série também cinematográfica. Ambas tornaram-se imensamente populares, uma das franquias mais bem-sucedidas de todos os tempos, e lhe renderam uma fortuna multimilionária.
Quando jovem, J.K. tentou se aplicar para a Universidade de Oxford e não conseguiu passar. O livro inicial da saga de Harry Potter só foi lançado em 1997, quando a escritora tinha 32 anos. Pouco antes, ela, que hoje tem patrimônio de cerca de 850 milhões de dólares, enfrentava dificuldades para sustentar a si mesma e a sua filha.
“Eu falhei em uma escala épica. Meu casamento excepcionalmente curto tinha implodido, e eu estava desempregada, [sendo] uma mãe solteira, e tão pobre quanto é possível ser na Grã-Bretanha moderna, sem estar desabrigado. Os medos que meus pais tiveram para mim e que eu tive para mim, ambos aconteceram, e por todos os padrões usuais, eu fui o maior fracasso que conheci”, contou a escritora em discurso na Universidade Harvard.
Steve Jobs
Famoso por ter fundado a gigante de tecnologia Apple, Steve Jobs abandonou a faculdade depois de apenas 18 meses cursando-a. E apesar de ter sido um dos criadores da Apple, em 1985, ele foi afastado do time que comandava na época, responsável pelo projeto Macintosh, por divergências com o CEO, John Sculley. Por esse motivo, decidiu se demitir da companhia.
Outros empreendimentos levaram-no de volta à empresa. Jobs disse, em 2005: “Eu não vi isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo.”
Steven Spielberg
Considerado um dos cineastas mais influentes de todos os tempos, Steven Spielberg foi diretor de filmes premiados como “A Lista de Schindler” e “O Resgate do Soldado Ryan”. No ensino médio, teve notas tão baixas que foi rejeitado pela Universidade do Sul da Califórnia três vezes.
Quando, enfim, passou, chamou a atenção de executivos da Universal, que o contrataram, fazendo com que ele não terminasse sua graduação até 33 anos depois.
Walt Disney
O criador de Mickey Mouse, Walt Disney, abandonou a escola ainda jovem em uma tentativa fracassada de se juntar ao exército. Um de seus empreendimentos iniciais, o estúdio Laugh-o-Gram, faliu por falhas na administração. Além disso, ele já foi demitido de um jornal do Missouri por “não ser criativo o suficiente” para ser cartunista pelo editor-chefe.
Hoje, The Walt Disney Company é considerada uma das maiores empresas de mídia do mundo, atrás apenas da Alphabet, dona do Google. O criador do império, por sua vez, detém o recorde de mais Oscars recebidos.