Os jovens que conseguem equilibrar o desenvolvimento das suas competências técnicas e teóricas, as chamadas hard skills, com o crescimento de habilidades mais sutis e relacionadas com aspectos da personalidade, conhecidas como soft skills, saem na frente tanto na hora de escolher um lugar para trabalhar, quanto de ser selecionado para uma vaga.
“A faculdade é essencial para o aluno aprender as hard skills, mas qualquer estudante que faça um estágio percebe que há uma distância muito grande entre teoria e prática. As experiências extraclasse são uma forma de o jovem desenvolver as soft skills antes de entrar no mercado de trabalho, se preparando melhor para os desafios que enfrentará como profissional”, afirma a psicóloga Isadora Morais.
Além disso, essas experiências servem ainda como uma forma de o estudante avaliar o que aprendeu em seu curso e testar os conhecimentos na prática. Entre as soft skills desenvolvidas fora da sala de aula, Isadora cita comunicação, flexibilidade e habilidade de influenciar outras pessoas.
Ela destaca ainda que as atividades extracurriculares não só se tornaram um diferencial nos processos seletivos, mas também fazem com que o próprio estudante ganhe experiências de vida, crie seu networking profissional, teste suas habilidades e treine novas.
“Um candidato sem experiências práticas terá mais dificuldades em conseguir uma vaga na sua área de atuação, ainda mais se estiver concorrendo com pessoas que já saíram da faculdade com um currículo recheado de experiências e de estágios”, diz. “Além disso, como o estudante ainda está se desenvolvendo e conhecendo as possibilidades de carreira, é uma chance de ele entender melhor do que gosta mais e qual trabalho combina com seu perfil”, completa.
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Aproveitando as oportunidades
Para se preparar melhor para o mercado de trabalho, o estudante de Engenharia da Computação da Universidade Federal de Itajubá, Luiz Paulo Brandão, decidiu aproveitar todas as oportunidades que aparecessem durante a faculdade.
Ele foi membro voluntário da AIESEC, fez um intercâmbio social no Marrocos, monitor da disciplina “Técnicas de Programação e Estruturas de Dados” e bolsista do Programa Ciência Sem Fronteiras, pelo qual estudou um ano na Iowa State University, nos Estados Unidos.
Tantas experiências fizeram com que Luiz desenvolvesse uma série de competências, como pensamento analítico, orientação para resultados, agilidade na resolução de problemas, trabalho em equipe e comunicação efetiva.
“Cada coisa que vivi na graduação contribuiu de uma maneira para a minha formação, pois, além aplicar conhecimentos adquiridos na sala de aula, pude estar em contato com assuntos que fugiam ao meu curso. Além do desenvolvimento profissional, elas me proporcionaram momentos de reflexão essenciais para meu crescimento como pessoa”, conta.
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Esta reportagem faz parte de uma série que o Na Prática organizou para ajudá-lo a conhecer diversas formas de aproveitar o período da faculdade ao máximo. Para conferir o especial completo, baixe o PDF abaixo: