‘Somos uma startup bem grande’, diz diretor do Google Brasil

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É difícil imaginar a vida antes do Google. Há 16 anos no mercado, a empresa já dispensa apresentações. Protagonista de grande parte das revoluções tecnológicas dos últimos anos (das redes sociais à realidade aumentada, passando por computação em nuvem e desenvolvimento de drones), está presente na vida das pessoas mais do que qualquer outra companhia.

São cerca de 1,5 trilhão de buscas por ano, 100 milhões de gigabytes de informação armazenada e 4 bilhões de horas assistidas mensalmente no YouTube. Mesmo diante de número tão superlativos, Fábio Coelho, diretor-geral da Google Brasil ainda considera a empresa “uma startup bem grande”. Isso porque, embora não seja mais um negócio embrionário, o Google aposta na inovação constante para atingir seu sonho grande.

Assista a bate-papo realizado pelo Na Prática com Fabio Coelho

Alto Impacto Esse sonho, de acordo com o executivo, é bastante ambicioso. “Estamos em 1% da nossa missão de usar a tecnologia para conectar e transformar a sociedade”, disse Fábio, na última quinta-feira, durante o evento CEO Summit, organizado pela Endeavor. Para ele, uma sociedade mais conectada tende a ser mais plural e, ao mesmo tempo, mais justa.

O raciocínio é simples: as pessoas com mais acesso à informação tendem a tomar melhores decisões. E, para chegar também aos dois terços da população mundial que ainda não têm acesso à internet, o Google emplacou o projeto Loon: uma forma pioneira de levar internet via balões e drones a lugares remotos do planeta ou com pouca infraestrutura.

É sob esse mesmo mote da inclusão que a empresa pretende ampliar sua presença em serviços de grande interesse público. “Quando eu penso no Google entrando em áreas como saúde, transporte, educação, o que me motiva é ver que o produto final é uma série de benefícios que vem para a sociedade como um todo”, diz o diretor.

Melhor empresa para se trabalhar no mundo (segundo a revista Fortune) e no Brasil (segundo a revista Você S/A) em 2013, o Google, segundo Fábio, espera dos seus funcionários esse mesmo compromisso com o impacto positivo na sociedade. No jargão interno, essa característica leva o nome de “googliness”. Fábio explica: “é uma paixão por mudar o mundo, por fazer coisas diferentes”.

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Ambiente empreendedor “A gente privilegia inovação e empreendedorismo dentro da organização, mas sabemos que somos muito poucos, e quem inova também está lá fora”, explica Fábio. Para multiplicar e ampliar o impacto social da empresa, há uma preocupação em fomentar um ambiente empreendedor fora dos limites da empresa também. “Nossa ideia é proporcionar uma cultura de colaboração para que as pessoas possam participar desse momento digital.”

Diante do debate sobre as dificuldades de empreender no Brasil, Fábio é categórico: “Em todos os lugares tidos como empreendedores, há um triângulo entre academia, empresas e investidores”. Ele defende uma conexão mais intensa entre quem estuda, quem desenvolve e quem apoia, e adianta que o Google deve inaugurar em breve em São Paulo um ambiente acadêmico para apoiar o desenvolvimento tecnológico no país.

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