Poucos executivos são tão reconhecidos quanto Sheryl Sandberg, COO do Facebook. Braço direito do CEO Mark Zuckerberg, ela é também uma das executivas mais bem sucedidas do mundo e grande defensora da liderança feminina.
É responsável, por exemplo, pelo Faça Acontecer, livro que se tornou um movimento em prol da causa. Em uma TED Talk, Sandberg compartilhou 3 conselhos de liderança feminina para mulheres que querem ir mais longe na carreira.
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3 conselhos de liderança feminina de Sheryl Sandberg
1. Sente-se à mesa
“As mulheres subestimam sistematicamente suas habilidades. Não negociam por elas mesmas no mercado”, fala, citando um estudo que aponta que 57% dos homens recém-formados negociam seu primeiro salário enquanto apenas 7% das mulheres fazem o mesmo.
“Os homens atribuem seu sucesso a eles mesmos e as mulheres o atribuem a fatores externos. Se você perguntar aos homens por que eles fizeram um bom trabalho, eles dirão: ‘Sou demais. Obviamente. Por que você está perguntando?’. Se você perguntar o mesmo às mulheres, elas dirão que alguém as ajudou, que elas tiveram sorte, que trabalharam duro”, continua.
“Por que isso importa? Importa muito porque ninguém chega ao escritório principal sentando ao lado e não à mesa. E ninguém é promovido se não acreditar que merece o sucesso, ou se não entender o próprio sucesso.”
Para Sandberg, a mesa se torna a metáfora do comparecimento: você tem que comparecer e acreditar que merece estar ali, que é boa o suficiente para isso, para ter o sucesso que deseja. Se você não tomar a iniciativa e o fizer, outros não farão por você.
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2. Tenha um parceiro que é seu parceiro de verdade
“Se uma mulher e um homem trabalham em tempo integral e têm um filho, a mulher faz duas vezes mais trabalho doméstico do que o homem e cuida três vezes mais da criança”, começa. “Então ela tem três empregos, ou dois, e ele têm um. Quem você acha que pede demissão quando alguém precisa ficar em casa mais?”
Para Sandberg, é urgente que a sociedade reconheça esse problema – que envolve uma pressão maior sobre as mulheres para que cuidem da casa e, sobre os homens, para que tenham sucesso profissional, entre outras razões – e lute por um novo equilíbrio.
“Temos de tornar isso [ficar em casa e cuidar dos filhos] tão importante quanto um emprego – porque é o emprego mais difícil do mundo – para pessoas de ambos os sexos, se vamos igualar as coisas e deixar as mulheres trabalharem.”
Em resumo, escolha com cuidado quem será seu parceiro de vida.
Ele deve ser alguém que vê sua carreira como tão importante quanto a dele, que veja tanta importância em cuidar da família quanto você, e que está disposto a fazer exatamente o que você está disposta a fazer por ela.
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3. Não saia antes de sair
Ainda falando de família, ela retoma um ponto importante para mulheres: a preparação para a maternidade, que ainda tem um peso maior para elas na grande maioria das empresas.
Entre as consequências mais diretas do afastamento do trabalho está um pipeline reduzido de talento feminino disponível para cargos de liderança: há quem não volte ao trabalho e quem volte, mas sem o momentum ou o espaço necessário para continuar avançando.
“Aqui está o que acontece: uma mulher começa a pensar em ter um filho. E, literalmente, a partir desse momento, ela não levanta mais sua mão, não corre atrás de uma promoção, não pega um novo projeto. Começa a se afastar”, fala Sandberg.
“Não saia antes de sair. Mantenha seu pé no acelerador até o dia em que você precise sair para ter um tempo de ter um filho – e então tome suas decisões.”
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