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Por dentro do impressionante escritório novo da Apple, desenhado pelo próprio Steve Jobs

Apple Park em construção

Que Steve Jobs era fanático por controle, muita gente sabe. Essa tendência do cofundador da Apple, que faleceu em 2011, está mais clara do que nunca no Apple Park, novo escritório da companhia, que está praticamente pronto após oito anos de construção em Cupertino, na Califórnia.

Com espaço para 12 mil funcionários – já há alguns instalados ali e a ideia é transferir os outros nas próximas semanas –, o prédio custou cerca de US$ 5 bilhões (o valor exato não é conhecido), terá 100% de sua energia de fontes renováveis e foi minuciosamente projetado pelo arquiteto Norman Foster e por Jobs, que o descrevia como “uma espaçonave que aterrissou”.

No formato de um anel, o edifício tem quatro andares, a maior peça de vidro curvado do mundo e pedras desgastadas artificialmente até atingirem o tom exato que ele apontou anos atrás. Até a época de corte das árvores para madeira foi selecionada por Jobs: foi no inverno, quando elas têm menos seiva.

Ao redor do Apple Park serão plantadas cerca de 9 mil árvores, incluindo árvores frutíferas – uma homenagem de Jobs ao Vale do Silício de sua infância, que era cheio de pomares –, criando um enorme bosque para os funcionários. (Há também um café e uma Apple Store abertos ao público.)

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Fãs da Apple e de arquitetura vêm acompanhando o projeto ansiosamente há tempos, o que explica porque ele foi capa da edição de maio da revista Wired, uma famosa publicação de tecnologia.

O próprio Steve Jobs, já muito doente, foi ao conselho municipal de Cupertino para apresentar o projeto e obter aprovação para a obra. “Quando começamos a Apple na garagem dos meus pais, há trinta anos, mudamos para Cupertino depois de um ano”, começou. “E encontramos um jeito de ficar.”

[Steve Jobs apresenta o projeto para o Apple Park em 2011]

A obsessão por design, liderada pelo chefe da área, Jonathan Ive, não deixou a companhia mesmo sem o visionário: uma simples maçaneta levou mais de um ano para ser aprovada, por exemplo.

“É frustrante falar sobre esse prédio em termos de números absurdos. É uma estatística impressionante, mas você não vive em uma estatística impressionante”, disse Ive à Wired. “A conquista é criar um prédio em que muitas pessoas podem se conectar, colaborar, caminhar e conversar.”

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Por que investiram tanto no Apple Park?

Tamanha exatidão no design já funcionou no passado: Jobs passou meses projetando secretamente o visual da Apple Store, hoje reconhecível de longe, num galpão que apenas uma lista seleta de pessoas visitava.

Também foi ele que desenhou o escritório da Pixar, estúdio de animação do qual foi CEO por muitos anos. Pensando que encontros entre mentes criativas podem render ótimas ideias, Jobs criou um espaço central, com banheiros, restaurante e área de lazer, pelo qual todos precisariam passar – e colegas de fato começaram a se encontrar sem querer, conversar e criar coisas novas.

A validação dessa ideia fez com que ele a importasse para o novo campus da Apple, em que todas as pessoas farão refeições no mesmo restaurante e caminharão pelo anel, aumentando as chances de se encontrarem.

Detalhe do Apple Park
[As árvores estão ao redor do edifício, feito com o maior vidro curvado do mundo / Foto: Apple]

Jobs sabia que um ambiente de trabalho pode ser muito mais que um teto e wifi e que, se bem concebido, é capaz de potencializar a companhia como um todo, torná-la mais atraente para os melhores talentos e aumentar produtividade, criatividade e autoestima em geral.

Além disso, o ambiente se torna inspirador para muita gente. Os construtores envolvidos na sede da Pixar, por exemplo, ficaram tão orgulhosos das vigas expostas que Jobs especificamente projetou que levaram suas famílias para observá-las.

Segundo Tim Cook, atual CEO da empresa, claro que seria possível cortar uma ou outra coisa difícil do projeto, mas isso iria contra os valores da Apple: “Não mandaria a mensagem para todos que trabalham aqui que detalhes importam, que cuidado importa”.

O Apple Park, continuou Cook, “era claramente sua visão [de Jobs], seu conceito. Esse é nosso maior projeto”.

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