Há quem use os termos “economia” e “finanças” de maneira intercambiável, mas ambas são, na verdade, coisas bastante diferentes.
Enquanto economia é uma ciência social que consiste na análise da produção, distribuição e consumo de bens e serviços, finanças é um ramo desse campo, que foca em preços, juros, fluxo de caixa e mercados financeiros, entre outros.
“Em muitos aspectos, a economia vê o ‘todo’ – como um país, região ou mercado está indo – e se preocupa com políticas públicas, enquanto a área de finanças é mais específica em termos de empresas e indústrias e se preocupa com como empresas e investidores avaliam e precificam risco e retorno”, descreve a Investopedia.
O Na Prática já falou extensivamente sobre as possibilidades de carreira para profissionais de economia e finanças, mas é sempre bom lembrar que, além de oportunidades acadêmicas para ambos, há uma série de espaços diferentes no mercado – especialmente com sua crescente dependência em relação a métricas e análise de dados (e quem consegue lê-las).
“As instituições estão muito preocupadas em medir de forma correta os impactos das políticas adotadas, em elaborar estratégias e fazer previsões”, explica Priscila Fernandes Ribeiro, professora de Econometria do Insper.
“A concorrência é muito acirrada em alguns setores, então esse conhecimento é muito demandado – principalmente se a pessoa que conhece as técnicas também saiba traduzi-las para o dia a dia da empresa, já que nem todos vão saber ler um resultado.
Possibilidades de carreira
No setor público ou privado, um economista pode trabalhar tanto num grande banco quanto em qualquer outro lugar que utilize previsões de crescimento, taxas de juros e inflação, por exemplo, para traçar suas estratégias corporativas.
A ideia aqui é que alguém com um background em Economia consegue ver as potenciais consequências de eventos e novas políticas para os negócios, ajudando uma empresa a entender o que está em jogo e projetar ideias para esses cenários.
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Já alguém de finanças pode, naturalmente, trabalhar no mercado financeiro, uma área por si só muito variada. E pode também trabalhar em outras áreas, como gestão empresarial, já que, com suas habilidades afiadas de avaliação, conseguem analisar o que pode ser um bom investimento.
“As pessoas querem um número e há muitos bilhões de dólares na linha para uma precificação apropriada de empréstimos, depósitos, anuidades, etc.”, continuam os autores. “É aí que entram as finanças, que estabelecem os entendimentos teóricos e modelos de verdade que permitem que se precifique riscos e estimativas futuras.”
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