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Roberto Sallouti: “Não existe ‘bala de prata’ para ir bem no mercado financeiro”

Na metade final da última década, os gestores do BTG Pactual discutiam os caminhos para ampliar sua influência no mercado brasileiro. À época, segundo Roberto Sallouti, atual CEO do banco, havia a sensação de que seria impossível competir com players que já possuíam milhares de agências físicas espalhadas pelo Brasil.

Em 2018, no entanto, essa realidade mudou. Naquele ano, o Banco Central aprovou a regulamentação dos bancos digitais. A partir dali, o que antes parecia uma vantagem competitiva havia se tornado um problema. Afinal, as agências físicas, em pouco tempo, perderam espaço no dia a dia das pessoas. O BTG, é claro, aproveitou essa onda que ajudou a bancarizar milhões de pessoas.

“O que me motiva é saber que nós estamos ajudando as pessoas e as empresas a realizarem sonhos e transformar o Brasil”, disse Sallouti nesta semana durante a Conferência Mercado Financeiro, do Na Prática, que reuniu empresas e centenas de jovens para falar sobre a carreira no setor. No bate-papo, o gestor deu dicas para a nova geração. Confira.

Bate-papo de Roberto Sallouti com jovens mediado por Anamaíra Spaggiari, diretora-executiva da Fundação Estudar

Quem trabalha no mercado financeiro?

Há 10 anos, o mercado financeiro exigia que as pessoas fossem analíticas e que tivessem habilidades comerciais. Era tudo, segundo Sallouti. Com o crescimento dos bancos, no entanto, e a evolução do setor, as competências necessárias mudaram. Hoje, criatividade e diversidade são fundamentais, além de expertise em áreas como marketing e vendas.

“A tecnologia deixou de ser uma área de apoio para se tornar transversal, e toda organização passou a ser, essencialmente, uma empresa de tecnologia”, completou.

Sallouti ressaltou, porém, que é preciso compreender qual o papel do mercado financeiro – para além das habilidades técnicas. Na visão do gestor, esse é o segmento que permite o florescimento da vida e da economia no País. Compreender essa missão, para ele, é essencial.

“Participamos diretamente do sucesso de pessoas, empresas e projetos que impactam positivamente o país. Esse papel proporciona uma visão abrangente da sociedade, onde, no decorrer de um único dia, você pode conversar com uma ampla diversidade de pessoas e empresas.

O papel das empresas no sucesso dos profissionais

Em sua fala durante a Conferência, Sallouti falou também dos papéis que empresa e profissionais têm em conjunto. Para ele, é impossível que haja desenvolvimento das pessoas em empresas onde as pessoas “só correm atrás quando ameaçam demití-las”

“Nós, ao contrário, fazemos avaliações contínuas, dando um ‘sapato’ sempre um pouco maior do que o tamanho da pessoa, para que elas se desafiem e se sintam bem”

Do lado dos profissionais, o gestor explica que um valor essencial é o comprometimento. Pessoas que demonstram esse caráter, em especial a longo prazo, costumam ser bem vistas no mercado.

“Se eu pego o currículo de uma pessoa que a cada dois anos muda de trabalho, eu não a contrato. Eu prefiro contratar pessoas que estão num emprego há vários anos porque isso demonstra que essa pessoa não tem comprometimento de longo prazo.”

Estudo e dedicação para forjar profissionais de destaque

Um dos pontos-chave para o sucesso, segundo Roberto Sallouti, é o estudo diário. Para ele, pessoas interessadas em atuar no mercado financeiro precisam ler diariamente os jornais.

“Se vocês entenderem as notícias que estão no jornal todo dia, vocês vão conseguir entender o mercado financeiro”, explica. “É preciso entender como a flutuação de um indicador influencia o mercado.”

Além disso, o dirigente indicou que os jovens aproveitem estágios, de todos os tipos, sempre que aparecer a oportunidade.

“É como se tivesse a chance de fazer uma ou duas degustações [sobre o mercado] ao longo da faculdade. Então não é interessante deixar passar.”

Por fim, Sallouti explicou que existem lacunas na educação que o próprio jovem vai precisar preencher. Para ele, o ensino médio é falho, não forma pessoas com capacidade lógica e analítica, enquanto que a universidade dá uma base teórica interessante, mas falha em ensinar soft skills e vivência prática.

 

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“No fim, não tem bala de prata para ir bem no mercado financeiro. É preciso se expor para além da sala de aula e participar de atividades extracurriculares para complementar a formação.”

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