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Como funciona o mercado de trabalho em Private Equity

Máquina de escrever com a expressão Private Equity recentemente digitada

Quem trabalha ou vislumbra trabalhar no mercado financeiro já deve ter se
deparado com os fundos de Private Equity. Basicamente, trata-se de uma
modalidade de investimento alternativo de longo prazo (5 a 8 anos), na qual
o capital é aportado diretamente em empresas privadas com potencial de
crescimento.

O objetivo é gerar retornos financeiros atrativos com a venda futura. Embora seja uma modalidade ainda não tão disseminada, o segmento está aquecido e, neste post, vamos explicar melhor a importância do Private Equity e como funciona o mercado de trabalho. Acompanhe a seguir!

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Papel do Private Equity

Além da criação de valor financeiro para os investidores, os investimentos
de Private Equity têm um papel importante no desenvolvimento econômico
dos países. Luciana Antonini Ribeiro, cofundadora da eB Capital, explica
como isso funciona, no caso da companhia gestora deste tipo de fundo.

“Por exemplo, uma das teses de investimento da eB Capital é voltada para a expansão da educação profissional, considerada uma das principais soluções para aumentar a empregabilidade dos jovens no Brasil. Realizamos um investimento na Proz Educação, que tem obtido um crescimento expressivo médio de mais de 100% nos últimos dois anos”, conta. “Desde então, a Proz vem entregando alta empregabilidade, de 85%, com um time de gestão já estruturado e alta governança apoiada por nós.”

Formada em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a executiva tem mestrado na área pela USP e MBA pela Columbia Business School. Ela iniciou a carreira como advogada em uma empresa de mídia, na qual passou por diversas áreas jurídicas e do Direito até chegar ao cargo de diretora de desenvolvimento de negócios e de estratégia. Em um processo de transição profissional, fundou a eB Capital com os sócios Eduardo Sirotsky Melzer e Pedro Parente. “Dessa forma, passei a trabalhar com investimentos que pudessem conciliar retorno financeiro aos clientes da companhia e ajudassem a solucionar problemas da realidade estrutural do país”, diz a especialista.

Passos do Private Equity

Existem diversas formas de atuação em Private Equity. Segundo Luciana Antonini Ribeiro, no modelo da eB Capital, tudo começa na identificação de setores que tenham uma tendência identificada pela organização para acelerar investimento. O próximo passo é procurar as companhias e alavanca-las ainda mais, seja com dinheiro propriamente dito, governança, suporte no fortalecimento do time de gestão etc.

Outra maneira de apoiá-las é abrindo portas com stakeholders, como bancos, clientes e fornecedores. Quando a implementação das melhorias mapeadas pelo fundo gera os resultados esperados, chega a hora de realizar o “desinvestimento”, também chamado de “saída”. Estes são os nomes dados ao processo que ocorre quando o fundo vende sua participação acionária com a multiplicação do montante investido. “Esta saída pode ser para uma empresa estratégica, do mesmo setor da investida; no mercado de capitais, através de um IPO, ou até mesmo para outro fundo para que se implemente uma nova rodada de melhorias”, complementa a especialista. Depois, a empresa que recebeu o aporte é acompanhada por meio de indicadores financeiros e operacionais.

Formação e habilidades do profissional de Private Equity

Ainda de acordo com a cofundadora da eB Capital, em relação ao perfil de quem trabalha com Private Equity, estamos falando de profissionais analíticos, curiosos, detalhistas e ávidos por aprendizado e que querem estar em contato tanto com mercado financeiro quanto com a economia de modo geral. Ter vocação para empreender é um diferencial.

Na prática, segundo ela, existe todo um trabalho que antecede o investimento. Para que o profissional seja capaz de tomar decisões assertivas e seguras, equilibrando eventuais riscos e possíveis retornos, é fundamental que esteja bem informado e saiba analisar dados. Alguns exemplos destas informações (por vezes sensíveis) nas quais o fundo se baseia são séries históricas e projeções.

Não há uma formação acadêmica pré-definida, nem restrição para atuar em Private Equity. Normalmente, porém, quem atua no segmento costuma ter formação em Administração, Economia, Engenharia, Contabilidade ou Direito.

Dicas de sucesso

Como já pontuamos, estar bem informado (sobre economia e negócios, principalmente), de olho no mercado externo é a base para trabalhar bem com Private Equity, sabendo identificar oportunidades e tendências. Porém, Luciana Antonini Ribeiro destaca outras dicas essenciais.

“É importante manter uma boa base de relacionamentos e estar atento aos relatórios enviados por consultorias especializadas que trazem informações relevantes sobre o setor. Há ainda a possibilidade de participar de simpósios e palestras diversas que muitas associações do segmento realizam para atualizar os profissionais da área.”

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