Um simulador de negócios distópico. É assim que o designer e engenheiro de software Francis Tseng descreve seu projeto, “The Founder”, um jogo online em que o protagonista é o fundador de uma startup nos EUA e precisa superar diversos desafios administrativos, éticos e tecnológicos para continuar lucrando.
A brincadeira começa num apartamento qualquer em 2001, logo após a bolha da Internet estourar, e termina em 2016, quando o jogo foi lançado. Logo de cara, é preciso escolher um cofundador, onde a empresa vai abrir seu escritório, e montar uma equipe talentosa, mesmo sem muito dinheiro.
O usuário pode escolher que tipo de tecnologia vai desenvolver, cria e lança produtos e depois ganha opções de expansão para competir com outras startups e gigantes da indústria.
Você vai querer começar sua startup no Vale do Silício mesmo, ou em Boston ou Nova York? [TheFounder]
A distopia está presente nas escolhas que o usuário precisa fazer na busca pelo lucro a qualquer custo. Como é uma versão do Vale do Silício em que só o crescimento importa, as opções vão se tornando cada vez mais sombrias.
“O principal ponto do jogo é que você não pode crescer para sempre”, explicou Tseng, um engenheiro de software que trabalha com inteligência artificial, em uma entrevista. “Conforme você busca o crescimento da empresa no jogo, começa a ver os efeitos que isso tem no mundo – a desestabilização de outros países, exploração de populações, etc. – e espero que isso faça com que as pessoas reflitam.”
Mesmo sem a alfinetada (Tseng já trabalhou em startups e não gostou da experiência), “The Founder” é um jeito divertido de entender um pouco das pressões e possibilidades que empreendedores têm na indústria tecnológica.
O jogo é gratuito, em inglês e pode ser jogado de qualquer país.
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