Poucos livros que se tornam clássicos tão depressa quanto o bestseller de Jim Collins, que acompanhou mais de 1400 empresas em busca daquelas que mais valorizaram no longo prazo na bolsa de valores para descobrir como funcionam.
Para tanto, Collins selecionou onze delas para analisar ao longo de cinco anos e entrevistou seus CEOs e presidentes em busca da razão para o sucesso (ou fracasso). Como algumas empresas conseguem passar de boas para ótimas – e por que outras ficam no meio do caminho durante a transição?
“Alguns dos conceitos-chave nesse estudo vão contra a cultura de negócios moderna e vão, francamente, chatear algumas pessoas”, descreve o autor. Ao todo, os conceitos são sete e incluem o líder Nível 5 – que equilibra capacidades individuais, de gestão, administração, liderança e a importantíssima humildade – e a cultura de disciplina, em que empreendedorismo e disciplina convivem beneficamente.
A importância da equipe é outro fator importante e que toca todo o livro. (Um dos conselhos do autor é inclusive “se estiver em dúvida, não contrate e siga procurando”.) As melhores pessoas devem trabalhar com as maiores oportunidades e não com os maiores problemas, por exemplo, e todos devem encarar a realidade do mercado, mesmo que seja brutal, sem se desencorajarem.
Há ainda o conceito do porco-espinho, escolhido por se tornar uma bola quando atacado: uma defesa simples e extremamente eficaz. É preciso ser o melhor do mundo em uma coisa e descobrir o que ela é e, para tanto, Collins sugere que se criem três círculos: um para determinar no que a empresa pode ser a melhor do mundo e no que não pode, outro para determinar o que gera receita financeira e um terceiro para determinar uma paixão.
A prática acaba beneficiando a disciplina de trabalho dos funcionários, que se mantêm atentos às metas e objetivos determinados nos círculos – e esse foco transforma as chances de conquista de uma organização.