No mundo do trabalho, o e-mail ainda é uma das principais formas de comunicação. Não só porque é uma das mais tradicionais, também oferece algumas vantagens, como o fato de que registra toda a evolução do tópico. Uma das suas funcionalidades menos reconhecidas, no entanto, é a de movimentar a rede de relacionamentos.
Por ser uma ferramenta completamente inserida no dia a dia profissional, o e-mail de networking é uma forma direta de fazer também esse tipo de contato, segundo André Selva, project leader da consultoria estratégica Boston Consulting Group. “Apesar da existência de ferramentas mais sociais para isso, como o LinkedIn“, completa.
Para ele, no entanto, mais importante do que a forma, é a abordagem que se dá à prática: “é essencial que a gestão da sua rede de contatos seja sempre proativa, garantindo que você é visto como alguém capaz de agregar valor, e não apenas alguém que está friamente buscando aumentar sua rede.”
Ou seja, não procurar as pessoas apenas quando se precisa, mas “nutrir”, com constância, os relacionamentos. Além de um e-mail de networking, e outros meios digitais, esforce-se para garantir um contato regular, chamando seus conhecidos até para “tomar um cafezinho”, brinca Selva.
“Isto é fundamental para garantir que você está construindo relacionamentos profissionais – e não apenas contatos. Com certeza vai ajudar a ser lembrado quando oportunidades surgirem.”
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Como fazer um bom e-mail de networking
De início, a fim de fazer um bom e-mail de networking, é preciso “fazer o dever de casa”, aconselha o project leader do BCG, que recomenda o livro “Never Eat Alone”, de Keith Ferrazzi, para quem se interessa em aprender mais sobre construir redes. “Saber que está falando com a pessoa certa, para quem a sua mensagem trará algum significado, é chave para garantir um contato eficaz.”
Também é importante deixar claro na mensagem o que o interlocutor vai tirar do contato. Se é uma oportunidade de negócio, como ela beneficia a outra parte? Se é uma indicação de emprego, como aquele profissional irá contribuir com a pessoa?
Quanto à forma, Selva aconselha que o profissional se atente e produza a mensagem de acordo com o perfil do interlocutor e o nível de contato que há entre os dois. Além disso, que se evite erros gramaticais, que podem causar uma “má impressão” em quem recebe o e-mail.
“Em geral, é melhor garantir que a mensagem principal apareça logo no começo do e-mail – se possível no próprio título”, sugere ele. Isso evita que a pessoa se perca no assunto ou abandone o conteúdo antes de chegar à sua parte mais importante.