Bens de consumo: o foco no produto

Tapetes coloridos enrolados em loja de decoração

O shampoo com o qual você lavou seu cabelo hoje pela manhã, a cerveja que tomou com os amigos no fim de semana, as roupas que você está vestindo agora, a cadeira em que está sentado, lendo esta matéria. Todos esses produtos têm algo em comum: eles foram produzidos pela indústria de bens de consumo.

Este é um setor bastante amplo, comumente dividido em três subsetores, de acordo com o nível de engenharia requerido para sua produção, a forma como é manufaturado e seu formato final: durável, semi-durável ou não durável.

Os produtos duráveis são aqueles que podem ser utilizados várias vezes pelo consumidor, por longos períodos, como televisão, carro e máquina de lavar roupas, por exemplo.

Já os semi-duráveis são usados por um período de tempo um pouco menor, como roupas e sapatos.

Por fim, os não duráveis são aqueles que devem ser consumidos dentro de um prazo de validade relativamente curto, como sorvetes e refrigerantes.

Como o mercado de bens de consumo é tão pulverizado, uma das prioridades das empresas dessa indústria é a inovação – e não somente em design e construção de produtos. Também é preciso inovar no marketing, no modelo operacional, em soluções de logística.

As empresas precisam chegar aos canais de distribuição, colaborando com os varejistas e também desenvolvendo relacionamento com os consumidores. Um profissional que entender essas necessidades e apresentar soluções criativas para elas tem espaço para crescer nesse setor.

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A indústria de bens de consumo no Brasil

Profissionais do setor precisam estar sempre antenados com o comportamento do consumidor, que muda como consequência de confiança na economia nacional, tendências e decisões políticas, entre outros fatores.

Ou seja, dinamismo e flexibilidade são palavras-chave para quem atua com bens de consumo.

No Brasil, por exemplo, que há três anos via grandes aumentos no setor, a crise econômica e política transformou o panorama, que segue bastante instável.

Em junho, o Índice de Confiança do Consumidor, medido pela Fundação Getulio Vargas, recuou quase seis pontos em um mês na esteira de novas investigações e dificuldade de recuperação do mercado de trabalho.

Nada disso não significa que ninguém consome mais nada, mas que se consome menos e de um jeito diferente.

Segundo a consultoria McKinsey, o consumidor brasileiro é leal a marcas apenas se seu orçamento permitir. Como ele prefere utilizar seu dinheiro ao máximo, se uma marca ou loja preferida estiver cara, por exemplo, ele não vê problema em trocar se puder comprar mais.

De acordo com uma pesquisa feita em junho de 2016, 35% dos brasileiros buscam seus produtos favoritos em lojas com preços mais baixos, 21% trocaram de marca e 19% compram menos dos itens que gostam.

A mesma consultoria, numa pesquisa de tendências para 2030, explica que cinco forças dominantes devem mudar a indústria: novos tipos de consumidores (como uma maior população idosa e um número maior de mulheres trabalhando), novas dinâmicas geopolíticas (que têm consequências econômicas), novos padrões de consumo (como foco em saúde ou demanda por personalização e compartilhamento), avanços tecnológicos e mudanças estruturais (como modelos de venda direta).

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São insights como esses que informam as estratégias de grandes empresas do setor, como aquelas de alimentos e bebidas – necessidades fundamentais do dia a dia –, o que exige criatividade e inovação em departamentos como marketing, vendas e operações.

Pense na Ambev, uma companhia muito desejada por jovens profissionais e dona de um dos processos seletivos mais concorridos do país.

Além de criar novas embalagens para seus produtos que mais vendem, como Skol e Brahma, para atrair os olhos do consumidor, tem apostado em otimização de sistemas para economizar água e na aquisição de novas marcas para ampliar as ocasiões de consumo.

Como trabalhar na indústria de bens de consumo

Em tempos de crise como o atual, as grandes companhias – além da Ambev, o top 10 do setor brasileiro inclui Cargill, Bunge, JBS, BRF, JBS Foods, CRBS, Unilever Brasil, Spal e Aurora Alimentos – buscam ativamente nichos de crescimento e um pé firme no mercado.

Por isso, disputam os melhores talentos mais do que nunca em suas concorridas seleções profissionais, em que costumam se destacar formados em Engenharia de alimentos ou produtos, embora a formação não seja determinante.

Para se destacar entre tantos outros candidatos, há diversas coisas que você pode fazer. Investir no inglês, por exemplo, é fundamental, já que muitas das companhias são multinacionais, têm relações internacionais frequentes ou fazem uso de termos técnicos no idioma cotidianamente.

Flexibilidade para atuar em diferentes áreas, seja na área de gente ou de vendas, e conhecer a fundo os negócios do ponto de vista de diferentes consumidores também são pontos importantes.

Ao estudar pesquisas sobre o comportamento do consumidor brasileiro – há muito material disponível online – e interagir com ele através de redes sociais e outros canais, você conseguirá entender como cada camada socioeconômica consome e assim pensar em como atrair ou antecipar os desejos dos clientes.

E para se destacar de verdade, é fundamental conhecer o processo inteiro.

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