Trata-se de “Aventuras Empresariais”, uma coletânea de 12 artigos sobre Wall Street e negócios publicados por John Brooks na revista “New Yorker”. Não é uma obra recente – a publicação é de 1969 –, mas as lições se mantêm relevantes.
A favorita de Gates fala da Xerox, que revolucionou a vida corporativa e dominou o mercado de fotocópias por anos. Confortável como líder, a empresa deixou de lado a inovação e não investiu em coisas incríveis que surgiram lá dentro, como cabos de Ethernet e interfaces gráficas de usuário. (A própria Microsoft usou essas pesquisas mais tarde.) Resultado: quando chegaram os competidores com suas próprias fotocópias, a Xerox perdeu milhões.
Outro capítulo trata de erros de comunicação na General Electric e lembra que, caso não sejam consertados, podem ter consequências desastrosas bastante depressa. Já a história sobre a Ford Motors trata do carro Edsel, tido como um bestseller em potencial e que se tornou um dos maiores fracassos da organização devido à decisão de executivos de agirem com base na intuição e não ouvirem feedback de usuários.
“O trabalho de Brooks é um ótimo lembrete de que as regras para comandar uma empresa forte e criar valor não mudaram”, resume Gates. “Não importa se você tem um produto, um plano produtivo perfeito ou um marketing perfeito. Ainda precisa das pessoas certas para liderar e implementá-los.”
E isso significa fazer reflexões difíceis: como escolher quem apoiar? Como saber se alguém está pronto para um novo papel na empresa? Como saber se a pessoa equilibra inteligência emocional e racional e quão importante é esse aspecto?
Graças a clássicos do nível de “Aventuras Empresariais”, pelo menos é possível aprender com os erros alheios.